As crianças são extremamente criativas. Simples utensílios engendram inusitados brinquedos e brincadeiras: seriam ótimos músicos ou empreendedores.

As crianças têm uma facilidade de comunicação e expressão. Seus olhares exprimem se estão felizes, tristes, cansadas, desejosas de algo. E as palavras expressam o que pensam, de forma singela e direta. Relatam e pontuam tudo o que veem e ouvem. Seriam maravilhosos repórteres.

Organizam-se em grupos amistosa e democraticamente, elegem um líder, que pode ou não se alternar a cada nova atividade, dependendo de seu desempenho. Seguem as recomendações do eleito e brigam, constroem, pontuam prós e contras acerca de novas ideias e chegam a um denominador comum, com mágoas e ressentimentos que duram aproximadamente meio segundo, até um novo sorriso. Seriam perfeitos executivos. Estabelecem suas próprias regras. São justas, o mais possível. Seriam eficazes políticos e juízes.

As crianças ensinam, singularmente e espontaneamente, lições que não estão em livros, cartilhas ou métodos educacionais. Para aprendê-las, basta como base sensibilidade, solidariedade, verdade e igualdade.

Referência:

LOPES, Maria da Penha Almeida. In: Jornal Mundo Jovem – ano 47 – N. 401 – outubro de 2009. p. 3