Está quase concluída, as instalações da barreira sanitária, localizada na cidade de Anita Garibaldi, divisa com o Estado do Rio Grande do Sul. Para a obra ser entregue, resta apenas a instalação da luz elétrica, o que deve acontecer em breve. A casa é uma reivindicação dos agentes agropecuários que prestam serviços no local. Até então eles eram obrigados a permanecer dentro da viatura por falta de um lugar apropriado, dificultando a realização dos trabalhos, principalmente nos dias de chuva.

A casa, possui 32 metros de área construída, contendo sala de espera, escritório, cozinha, quarto, depósito para materiais e banheiros. A funcionária Luciana Viecelli, considera a estrutura bastante adequada para se prestar um serviço de boa qualidade. "Agora poderemos dispor de uma televisão e outros equipamentos, os quais inibem um pouco o isolamento existente por aqui", disse a barreirista.

Ela espera pela implantação de uma linha telefônica, facilitando a comunicação e a disponibilização de um policial no sentido de reforçar a segurança na divisa.

De acordo com o responsável pela área de pecuária da Cidasc ? DR de Lages, Vicente da Fonseca Ribeiro, a inauguração do empreendimento deve acontecer em breve, após a instalação da luz elétrica.

A demora para a construção, segundo ele ocorreu em função dos parâmetros legais que necessariamente devem ser atendidos. "Obra pública é diferente de uma obra privada. Infelizmente somos obrigados a seguir corretamente todos os trâmites legais, e isso impede uma viabilização mais imediata", ressalta.

Com relação a instalação de uma linha telefônica e uma possível parceria com a polícia militar, Vicente disse que são duas intenções que fazem parte do projeto. "Já conversamos com a direção da PM e a dificuldade está na carência de efetivo. E sobre a comunicação, depende apenas da disponibilização de uma linha telefônica nas imediações. Mas posso dizer que as coisas vão se ajustando gradativamente. O principal já está praticamente pronto, que é a casa, os demais virão como conseqüência", garantiu o responsável pela área.

A barreira sanitária existe há aproximadamente sete anos entre as divisas dos dois Estados. Anteriormente estava instalada na localidade de Pedra Overa. Após a liberação do tráfego de veículos pela Usina Hidrelétrica Barra Grande, o local da vigilância foi alterado para a estrada nova, deixando os barreiristas sem um lugar apropriado para permanecerem durante o trabalho. Segundo estimativas, em torno 20 automóveis são abordados diariamente na barreira de contenção animal. Por não se tratar de um corredor sanitário, somente podem circular pelo local veículos leves e veículos pesados contendo carga seca, ou seja madeira, produtos vegetais e alimentícios.

Caminhões supostamente carregados com rebanho bovino e suínos, são obrigados a desviar pela BR 116 no Município de Capão Alto, onde serão devidamente inspecionados.