Lages recebe nesta semana mais uma edição do Programa Alesc Itinerante
Os Metralhas ainda sobrevivem
Celso Ramos
Jaime José de Farias ? bateria, José de Niz Farias ? guitarra, Hilton José Bareta ? Sax, Ivo Mazzuco ? Guitarra e Valdir Grassi - Piston. Estes cinco colegas, formam a banda Os Metralhas, criada em meados dos anos 60 no Município de Celso Ramos. Mesmo, apesar do pouco tempo de existência, apenas 10 anos, os integrantes continuam se reunindo em momentos especiais para recordar o passado brilhante e agradar os fãs que conquistaram na época. Os metralhas, surgiu no ano de 1965, numa roda de amigos. Ao todo eram sete integrantes. Além dos nomes citados, ainda faziam parte, Olívio Florêncio Grassi e Valdomiro Menegazzo. Ambos eram acordeonistas. "Era uma brincadeira saudável e ao mesmo tempo levada a sério", disse seu Jaime de 63 anos, o baterista do grupo.Ele lembra com gosto, dos 10 anos de sucesso. "A banda era bastante solicitada. Costumávamos tocar em todos os lugares e ambientes. De velório à casamento", brincou o aposentado.
Para o saxofonista, Hilton Bareta, foi uma época de ouro. "Acho que o sucesso, foi resultado de nossa amizade e de nossa união. Tínhamos uma amizade e um respeito muito grande um pelos outros", ressaltou.
Outro motivo pelo sucesso todo, foi a forma e o estilo musical empregado, bastante versátil, que agradava a todos os públicos. "O grupo costumava tocar todos os estilos e gêneros musicais. Com certeza, isso era o nosso grande diferencial", salientou Bareta.
No entanto, o primeiro nome dado a banda não era Os Metralhas, como muitos possam pensar. Este surgiu depois. A banda formou-se com o nome de "Luar do Sertão". Mas pouco tempo depois, acabou sendo substituído pelo nome definitivo.
Outro fato curioso, foi o pouco tempo de duração. Em 1975, 10 anos depois do inicio das atividades, pelo que se sabe, houve uma pequeno desentendimento entre eles e banda foi desfeita. Ninguém sabe explicar direito o que aconteceu. "coisas da vida", ponderou, seu Ivo Mazzuco, 71 anos, o mais idoso da turma.
Mas para reparar esse pequeno erro de percurso, os cinco integrantes que ainda moram na cidade, de vez em quando dão uma canja aos fãs e as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ver os amigos no palco. Quando são requisitados, eles sempre estão presentes nos eventos festivos da região, levando com fidelidade e harmonia o amor e o carinho, que ambos mantém pela música e pela valorização da cultura regional.
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