Lages recebe nesta semana mais uma edição do Programa Alesc Itinerante
Prefeitura investe na cultura da uva
Desenvolvido pela prefeitura, através da secretária municipal de agricultura, o programa pretende atender em torno de 20 produtores, buscando melhorar a rentabilidade no meio rural.
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istoricamente, tem-se conhecimento que o cultivo da uva foi uma das culturas implantadas de forma intensa pelos imigrantes italianos que povoaram a região. No entanto ao longo dos anos, essa atividade foi sendo esquecida e outras culturas surgiram em maior potencial.Ainda hoje, existem vários parreirais no Município, os quais, são cultivados de maneira rústica, sem nenhum tipo de tecnologia ou aperfeiçoamento empregado para melhorar a produção e a qualidade do produto.
Diante dessa situação, o Poder público municipal resolveu apostar nessa cultura, com o apoio do legislativo e Epagri, na tentativa de melhorar a rentabilidade dos produtores rurais. "É uma maneira de recuperar essa identidade perdida e ao mesmo tempo fazer com que nossos agricultores possam ter mais uma alternativa de renda em suas propriedades", ressaltou o Prefeito Alciomar de Mattia.
O programa nesta primeira etapa envolveu 18 produtores, os quais receberam as mudas gratuitamente e ainda terão acompanhamento técnico durante todo o processo de implantação e desenvolvimento dos parreirais.
Inicialmente, serão nove hectares de área plantada. Mas esse percentual deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos. A variedade principal é a bôrdo.
De acordo com o técnico agrícola, Roberto Viecelli, um dos coordenadores do programa, a previsão é que o Município esteja colhendo em três anos aproximadamente 180 toneladas de uva por safra. Isso resulta num incremento de mais de R$ 100 mil na economia do pequeno Município de Celso Ramos, sem considerar o crescimento anual do plantio e a aposta de novos investidores.
"É uma cultura com grande potencial em nossa região e que traz resultados bastante favoráveis para os produtores", disse Viecelli, sustentando que a comercialização do produto é garantida, tanto in-natura, quanto para cantinas da região.
Baseado no levantamento técnico, o custo de implantação por hectare chega a R$ 40 mil. A prefeitura subsidia parte deste custo.
"Se o parreiral pode durar mais de 100 anos, se torna um ótimo investimento e uma boa herança que o agricultor pode deixar para os seus filhos e futuras gerações", destacou o secretário de agricultura Ildo Pelozatto.
O agricultor Hélio Martinelli, que aproveitou a oportunidade para entrar na atividade, disse estar bastante confiante nesta nova cultura. Mesmo estando apenas no plantio das parreiras, ele já faz planos para o desencadeamento da produção. "Quero investir na fabricação de vinho colonial e assim melhorar o ganho no momento da venda do produto", conta o produtor rural de 48 anos, que reside na comunidade de Imaculada Conceição.
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