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A democratização dos recursos de mídia do governo do Estado, beneficiando os jornais locais, é uma conquista da sociedade que se espera prossiga nos governos vindouros e sirva de exemplo ao Palácio do Planalto

Recente pesquisa do Instituto Mapa mostra que o segmento jornal perdeu participação no bolo publicitário catarinense, que em 2006 beirou os R$ 600 milhões. Mais do que encolher seus ganhos, o setor viu desaparecer centenas de postos de trabalho, embora permaneça com o título de maior empregador de mão-de-obra na chamada indústria da comunicação, absorvendo mais de três mil funcionários.

Olhando outro ângulo da mesma pesquisa, observa-se que os anunciantes estaduais, investiram, no ano passado, pouco mais de R$ 100 milhões, 38% vindos do Governo de Santa Catarina. Para o segmento jornal ? integrado por cerca de 300 periódicos, metade dos quais filiados à Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC) ? foram destinados R$ 22 milhões ? quase 21% menos do que em 2005, quando foram endereçados ao setor R$ 27,8 milhões.

Dado relevante, porém, é que os investimentos em comunicação do governo estadual hoje contemplam um maior número de publicações do que em governos anteriores.

A política de democratização da mídia ? implantada por Luiz Henrique da Silveira em seu primeiro mandato e que vem se mantendo nesta segunda gestão ? impulsionou os jornais locais a um novo patamar no cenário da mídia impressa catarinense.

Prestigiando os empreendimentos jornalísticos de pequeno porte, o governo do Estado em seu legítimo papel de prestar contas à sociedade, está permitindo que cada um dos municípios de Santa Catarina tenha o seu veículo de informação, que registra e perpetua a história e as tradições das comunidades catarinenses.

Dessa forma, ao se levantar bandeiras contra o investimento em comunicação do governo do Estado ? especialmente quando ele se processa de forma ampla, democrática e amparada em critérios técnicos ? não se está apenas inibindo o crescimento de um setor econômico mas solapando as centenas de milhares de vozes dos cidadãos de Santa Catarina que têm, no jornal local, seu canal direto com o poder público.

Exceto em casos de claro desrespeito à Lei, o uso de ações judiciais para interromper a comunicação oficial do Estado tem sido pernicioso para uma enorme parcela da imprensa catarinense que utilizou os recursos da mídia estadual para aprimorar suas publicações, ampliar seu alcance e conquistar ainda mais respeito e credibilidade em suas comunidades, com um conteúdo pautado pelas demandas da coletividade e pela fiscalização das ações dos poderes constituídos ? seja ele federal, estadual ou municipal.

A democratização dos recursos de mídia do governo do Estado, beneficiando os jornais locais, é uma conquista da sociedade que se espera prossiga nos governos vindouros e sirva de exemplo ao Palácio do Planalto.

Miguel Ângelo Gobbi

presidente da Adjori/SC

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