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Produzir mel tem se tornado uma boa fonte de renda
Os produtores de mel do município de Anita Garibaldi estão satisfeitos com a quantidade e qualidade do mel colhido neste ano.
Quem comemora são os produtores da comunidade de Santa Catarina, Adão Lessa Delfes e Wagner Tafarel Barbosa, que colheram aproximadamente 700 kg de mel puro em cerca de 100 colmeias, as quais estão distribuídas em quatro comunidades do município.
Na comunidade, através de projeto apoiado pela BAESA foi possível construir a casa do mel, a qual é utilizada por cerca de 10 produtores, entre eles estão o sogro e genro: Adão e Wagner que realizaram a colheita em quatro dias de trabalho e contaram com a ajuda de mais uma pessoa para o serviço.
Segundo Wagner, o mel fica armazenado na própria Casa de Extração em embalagens próprias para manter o produto enquanto a venda não é realizada. Wagner destaca que faltam compradores. "A venda acontece direto ao consumidor, mas a procura é por compradores que paguem um preço justo e adquiram toda a produção", comenta.
No ano de 2018 a Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina apresentou aos produtores de mel o Programa Terra Boa, o qual possui uma linha de incentivo para os produtores de mel. Com o kit apicultura no valor de R$ 2.400,00 é possível adquirir materiais como ninhos, melgueiras, macacões, fumegadores, cera alveolada entre outros produtos necessários para o cultivo. Este investimento é dividido em duas parcelas equivalentes, anuais, sem juros. Se o apicultor optar por quitar o investimento em um ano, recebe 30% de desconto, como destaca o extensionista rural da Epagri de Anita Garibaldi, Maurício José Antoniutti.
No ano de 2018, 11 apicultores de Anita foram beneficiados com o programa de incentivo que deverá ser mantido em 2019 e passará a ser divulgado com os demais programas da Epagri a partir de fevereiro.
Tanto produtores quanto extensionista destacam o uso de defensivos agrícolas como um dos principais fatores da queda da produção em anos anteriores, porém Maurício destaca que não são somente os produtos utilizados em lavouras e campos que prejudicam a baixa produção. Ele destaca as rainhas velhas, problemas com o manejo no apiário e período de fortes chuvas durante a florada da primavera como fatores que contribuem para isso.
Maurício comenta que está realizando a atualização do cadastro de apicultores do município e não possui uma estimativa da colheita precisa, pois muitos produtores perderam enxames em 2018, porém ele acredita que a produtividade média nessa safra não deva ultrapassar os 15kg de mel por colmeia.
Quanto ao apoio da Epagri na produção dessa cultura, que é forte no município, o produtor Wagner diz ser importante devido aos cursos, apoio técnico e agora com o incentivo financeiro que possibilitou investir em novas colmeias e na aquisição de equipamentos. "Nesse momento não tínhamos recursos para investir e esse incentivo foi importante", comenta.
Questionado sobre a possibilidade de ampliação da produção, Wagner destaca que falta apoio do poder público, principalmente aos acessos com melhoria nas estradas.
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