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Índices de vacinação contra a gripe estão abaixo da meta
Alerta para os baixos índices de vacinação contra a gripe em Santa Catarina.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), alerta para os baixos índices de vacinação contra a gripe em Santa Catarina, mesmo após duas semanas do início da campanha. Até a sexta-feira (15), foram imunizadas 570.734 pessoas no Estado, o que representa uma cobertura vacinal de 45,2%, considerada bem abaixo da meta que é 80%.
“A vacinação protege contra as formas graves de influenza. Quanto menor o número de vacinados, maior o número de pessoas suscetíveis à doença”, ressalta a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização da Dive, Vanessa Vieira da Silva.
Para reduzir ainda mais o número de casos de síndrome respiratória por Influenza em Santa Catarina é preciso que a público-alvo procure os postos de saúde. "Devemos manter as ações de vigilância e buscar altas taxas de cobertura vacinal nas populações prioritárias”, diz Vanessa. A meta da SES é vacinar 80% dos 1.590.852 catarinenses que compõem o público-alvo até o final da campanha, no dia 22 de maio.
Em 2015, até o dia 13 de maio, foram confirmados 14 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza no Estado. Desses casos, nove são pelo vírus A (H3N2), quatro pelo vírus A (H1N1) e um pelo vírus B. No dia 11 de maio, foi registrada a primeira morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus Influenza A H1N1, de um homem de 57 anos, residente em Videira.
Podem tomar a vacina gratuitamente nos postos de saúde crianças a partir de seis meses de idade e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos ou mais, profissionais da saúde e indígenas, e também pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Entre os grupos prioritários, os que possuem maior cobertura vacinal são as puérperas (até 45 dias após o parto), com 55,6%, e os idosos, com 51,8%. Já o grupo com menor cobertura é o de trabalhadores da saúde, com 30,7%. Apenas 35,6% das gestantes tomaram a vacina, 40% das crianças e 31,4% dos indígenas.
Onde tomar a vacina
A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde do Estado. O paciente deve levar a carteira de vacinação e atestado médico caso tenha uma doença crônica ou outra categoria de risco para influenza. As crianças recebem ainda uma segunda dose, que deve ser aplicada um mês após a primeira.
Contraindicações
A vacina não é recomendada para pessoas com alergia ao ovo, pois ele é utilizado na fabricação da vacina, e também é contraindicada para quem já teve reação anafilática ou alérgica à vacina.
Categorias de risco clínico com indicação para vacina contra influenza:
Doença respiratória crônica;
Doença cardíaca crônica;
Doença renal crônica;
Doença hepática crônica;
Doença neurológica crônica;
Diabetes;
Pacientes imunodeprimidos;
Obesos grau III;
Transplantados;
Portadores de trissomias: Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Sídrome de Wakany, dentre outras.
Segurança
A vacina usada na campanha contra a Influenza é segura e bem tolerada. Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Um pequeno número de pessoas vacinadas pela primeira vez podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas essas ocorrências acontecem em um número bem pequeno de indivíduos, são leves e tendem a desaparecer em 48 horas.
A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades, não podendo, portanto, causar gripe.
Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre de 4 a 6 semanas após a vacinação.
Sobre a gripe
A gripe é uma doença grave causada pelo vírus Influenza, que é transmitido a partir das secreções respiratórias, podendo sobreviver por minutos no ambiente, principalmente em superfícies tocadas frequentemente. Os sintomas iniciais são febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e persiste por cerca de três dias.
O vírus influenza possui grande variabilidade de seu material genético, podendo apresentar três tipos e inúmeros subtipos. Os tipos A e B são os que mais causam doenças no ser humano. O influenza A é subtipado de acordo com as partículas que existem em sua superfície, sendo nominado com as letras H e N (Hemaglutinina e Neuraminidase), por exemplo: H1N1, H3N2, H5N1, H7N9. Todos estes são subtipos distintos do vírus influenza e que podem variar suas características de agressividade. Os vírus Influenza A que está circulado com mais intensidade nos últimos anos são o subtipos H3N2 e o H1N1, que são de linhagens distintas (não são mutações um do outro), e ambos têm potencial de causar doença grave.
O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)?
São casos de síndrome gripal que evoluem com o comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica. Podem ser causadas por vírus respiratórios – dentre os quais predominam o Influenza – ou por bactérias, fungos e outros agentes.
O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza?
São casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica. São causados pelos vírus Influenza A ou B.
Como evitar a gripe?
- Lave e higienize as mãos com frequência, principalmente antes de consumir qualquer alimento;
- Ao tossir ou espirrar, proteja o rosto com um lenço ou o antebraço;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienize as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Mantenha os ambientes bem ventilados;
- Evite contato próximo a pessoas que apresentem sintomas de gripe.
Se você tiver sintomas de gripe, deve:
Procurar imediatamente um serviço de saúde a fim de buscar tratamento adequado;
Após o início do tratamento, deve-se evitar sair de casa no período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas);
Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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