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O combate à temida doença do câncer

A precaução da jovem Eva Lucilene Machado Raittz, aos 24 anos, com o autoexame das mamas, possibilitou o diagnóstico de um nódulo. Agricultora, esposa de Anderson e mãe da pequena Alice, Eva é um exemplo de que câncer tem cura, e que independente da idade, prevenir sempre é o melhor caminho para combater a doença. Natural do município de Cerro Negro, ela reside atualmente com a família na comunidade de Monte Alegre, em Campo Belo do Sul. Há dois anos ela celebra a superação do câncer, após o tratamento doloroso e as dificuldades que enfrentou. A doença deixou consequências, por um lado a mudança da rotina de trabalho na agricultura, que agora tem algumas limitações, mas acima de tudo a gratidão pela vitória da vida sobre o câncer.

Correio dos Lagos - Quais foram os primeiros sintomas antes do diagnóstico da doença?

Eva Lucilene Machado Raittz - Bom, no meu caso descobri a doença fazendo o autoexame das mamas. Como todos sabem, geralmente o câncer é silencioso e não dá muitas indicações de que tem algo errado, quando vamos perceber já está da metade para frente. Foi digamos que intuição minha de achar que algo estava errado, pois não senti dores, simplesmente apalpei e achei um nódulo na mama esquerda e procurei atendimento médico.

Correio dos Lagos - Quando e como foi o diagnóstico do câncer de mama?

Eva Lucilene - Tinha 24 anos, era mês de dezembro de 2015, fiz ultrassonografia das mamas, mamografia e por fim biópsia que o resultado foi Carcinoma Ductal Invasivo.


Correio dos Lagos - Como foi receber a notícia que estava com câncer?

Eva Lucilene - Saiu o meu chão, até por que nunca imaginei tratar um câncer com apenas 24 anos de idade. Não tive nenhum caso de câncer de mama em minha família e eu tinha praticamente um bebezinho em casa, minha filhinha com dois aninhos. Mas tive que fazer uma escolha e eu escolhi viver. Então fui à luta.

Correio dos Lagos - Quais foram os encaminhamentos após o diagnóstico?

Eva Lucilene - Fui encaminhada para o centro oncológico UNACON no Hospital Tereza Ramos em Lages para o oncologista, em seguida fiz mais alguns exames, coloquei port-a-cath (Cateter totalmente implantado) e iniciei as quimioterapias.

Correio dos Lagos - Durante quanto tempo esteve em tratamento?

Eva Lucilene - Fiz oito seções de quimioterapia, em seguida fiz mastectomia radical, onde a mama inteira é removida, também fiz esvaziamento de axila e 27 seções de radioterapia. Quando foi realizada a mastectomia, fiz "reconstrução imediata", coloquei expansor, fiquei um ano e dois meses com o expansor e faz seis meses que coloquei a prótese definitiva.

Correio dos Lagos - Há quanto tempo está livre do câncer?

Eva Lucilene - São dois anos que estou curada. Ainda faço acompanhamento, que antes era mantido por cinco anos, mas atualmente são 10 anos.

Correio dos Lagos - O que citaria como essencial nesse período em que esteve com a doença, que lhe ajudou a curar-se?

Eva Lucilene - Primeiro minha fé e vontade de viver, a família, pois é por eles que lutei, meus médicos que foram excelentes profissionais que sempre me passaram confiança de que tudo iria dar certo. Amigos é algo interessante, porque muitos te abandonam quando percebem que você está doente, mas a gente acaba percebendo que esses não eram amigos verdadeiros, aqueles que permaneceram são os que foram verdadeiros, poucos, mas que em hipótese alguma te abandonam.

Correio dos Lagos - O que a luta contra o câncer deixou como aprendizado?

Eva Lucilene - Sempre falo bastante sobre o assunto, porque as pessoas ainda pensam que câncer de mama é só depois dos 40 anos ou mais velho um pouco, e na verdade não tem idade. Se cuidar é fundamental. Quem procura acha, trata e cura.


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