“Você sabia que menos de 10% do valor que o Estado investe em alimentos da merenda escolar em nossa região vem da agricultura familiar?”. A informação é da Assessora Especial da Casa Civil do governo do Estado na Serra Catarinense e ex-prefeita de Palmeira, Fernanda Córdova. Ela está apurando junto aos órgãos estaduais informações para aprofundar a discussão em favor dos pequenos produtores.

Uma reunião na tarde do dia 20 de março, no auditório da Amures, discutiu o assunto com representantes de cooperativas, produtores rurais, Epagri, Gerência Regional de Educação e integrantes da Secretaria de Estado da Educação. E debateu formas de se equacionar esse gargalo que se arrasta há anos e assegurar o aumento da participação dos produtores locais na merenda escolar.

“Esse dinheiro que o Estado investe na merenda escolar pode ficar na nossa região e fortalecer a agricultura familiar. Assim melhora a vida de quem trabalha no meio rural. É um desafio e ao mesmo tempo, uma missão avançar nesses índices”, afirmou.

O diretor de Administração da Secretaria de Estado da Educação, Cristiano Gabriel Brun e equipe técnica, defenderam na reunião a importância de valorizar o agricultor familiar e garantir a participação de seus produtos na merenda. Inclusive com adequações de normas que beneficiem os pequenos agricultores.

O extensionista rural da Epagri, José Luis Martins Alves e a extensionista social da Epagri, Vanessa Aparecida Melo aproveitaram para tirar dúvidas sobre os processos licitatórios do Estado para compra de alimentos dos produtores. A engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Josie Moraes Mota, também reforçou a necessidade de priorizar a compra dos alimentos da agricultura familiar.

O que preocupa é que hoje, mais de 90% dos alimentos que chegam às escolas da Serra Catarinense, são oriundos de outras regiões do Estado. Novas reuniões serão convocadas para discutir com mais propriedade como organizar o setor e beneficiar os agricultores familiares.