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59% dos desempregados estão confiantes em conseguir emprego nos próximos três meses

Segundo pesquisa do SPC Brasil, 59% dos desempregados estão confiantes em conseguir emprego nos próximos 3 meses. Ainda que o tempo médio na condição de desempregados seja equivalente a mais de um ano, seis em cada dez entrevistados estão otimistas sobre a possiblidade de encontrar emprego os próximos 90 dias (59%). Em média, os respondentes acreditam em resolver essa situação nos próximos 4 meses.  

Levando em conta a expectativa para conseguir emprego nos próximos três meses, 58% se mostram confiantes, pois são bons profissionais e acreditam que tudo dará certo. Em contrapartida, 28% estão desanimados, seja porque não têm visto muitas vagas disponíveis no mercado (21%), seja porque estão fazendo entrevistas, mas não conseguem vaga (7%).

Para Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil, embora muitos brasileiros se sintam prontos para voltar ao mercado de trabalho, o fato é que não parece haver vagas disponíveis para absorver todo esse contingente. "A questão não passa apenas pela qualificação, e sim pela fragilidade atual da economia brasileira, que não oferece as condições necessárias para que sejam criados novos empregos", afirma. "Para 2017, a expectativa é de um cenário econômico melhor do que em 2016, mas a recuperação deve se tornar mais sólida apenas no segundo semestre. Sendo assim, a expectativa é de que os dados de desemprego ainda mostrem alguma piora no primeiro semestre do ano, antes de demonstrar algum alento na segunda metade do ano", explica o presidente.

37% dos desempregados que não moram sozinhos eram os principais responsáveis pelo sustento da casa

Além de investigar o perfil e o comportamento dos desempregados na busca por uma recolocação, a pesquisa aprofundou a análise em relação àqueles que não moram sozinhos para entender o impacto do desemprego no contexto familiar. Para isso, algumas perguntas foram focadas nos desempregados que não moram sozinhos: 35% deles garantem que há pelo menos mais uma pessoa sem trabalho na casa onde vivem. Ao mesmo tempo, 79% dos respondentes garantem conhecer alguém próximo que perdeu o emprego ou foi obrigado a fechar a empresa nos últimos três meses.

A pesquisa mostra ainda que 92% desses desempregados ouvidos contribuíam financeiramente para as despesas da casa, sendo que 37% eram os principais responsáveis (aumentando para 52% entre os homens, 56% na faixa etária acima de 50 anos e 39% entre às classes C, D e E) e 55% contribuíam, mas não eram os principais responsáveis.

Cerca 17% dos desempregados que moram com outras pessoas e que contribuíam com o sustento da casa afirmam que a perda do trabalho gerou conflitos na família, principalmente discordâncias sobre as despesas da casa (12%) e brigas por causa de dinheiro na hora de dividir as contas (8%). Já uma em cada cinco pessoas ouvidas garante que o desemprego motivou outras pessoas da casa, que antes não trabalhavam, a trabalhar ainda que fazendo bicos (21%). Em casos mais agravantes, 4% destes entrevistados afirmaram que após a perda do emprego algum integrante da família precisou interromper os estudos para trabalhar e ajudar nas despesas.

"Os efeitos nocivos do desemprego na vida das famílias acabam forçando as pessoas a buscar fontes alternativas de renda. Em tempos de recessão e desemprego acentuado, como este que o país atravessa, as pessoas são obrigadas a se adaptar, pois mesmo cortando gastos, há muitas contas que precisam ser pagas", relata o presidente do SPC Brasil.

Para Pellizzaro, é natural que outros integrantes da família procurem formas de obter renda, mas o problema é que as oportunidades de trabalho são escassas e o desânimo dos empresários faz com que poucos considerem oferecer novos empregos: "É preciso, urgentemente, reverter esse quadro - o que passará pela melhora da economia e retomada do crescimento, fazendo com que o empresariado volte a acreditar no país. Além disso é necessário que algumas reformas que ajudam a destravar a economia sejam aprovadas, com destaque para a reforma da previdência e a reforma trabalhista", conclui.

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