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ALIMENTO E PAZ

Alimento e paz um binômio inseparável.
O grande cooperativista brasileiro Roberto Rodrigues proclamou, em sua última passagem por Santa Catarina, que a definição de uma estratégia de Estado - e não apenas de governo - para o agronegócio brasileiro será a saída do Brasil para grande parte dos problemas nacionais.
A agricultura brasileira é o setor de maior sucesso e melhor desempenho econômico, social, tecnológico do país. O desempenho da agricultura e do agronegócio vem dando projeção mundial ao Brasil, fato comprovado na balança comercial, visto que o agro representa quase a metade das exportações brasileiras. 
Os sucessivos ganhos de produtividade são impressionantes. A produção brasileira de carnes no período de 1990 a 2015 cresceu 458% em frango, 235% em suínos e 88% em bovinos. Nesse mesmo período, a produção brasileira de grãos aumentou mais de 260%, 5,2% ao ano. A preocupação não é apenas com a produtividade, mas, também com a sustentabilidade.
A proposição de Rodrigues em favor de uma estratégia de Estado para o agro ganha expressão quando se dimensiona que o agronegócio verde-amarelo responde por 21,4% do PIB, por 30% dos empregos e por 46% das exportações. O Brasil faz parte de um grupo restrito de países com grande potencial econômico em razão de três fatores: superfície agrícola com mais de 140 milhões de hectares, PIB maior que 1 trilhão de dólares e população acima de 80 milhões de pessoas.
Sabemos que a taxa de confiança dos agentes econômicos - inclusive dos produtores e empresários rurais - anda em baixa em razão das incertezas políticas, retração da atividade econômica (baixo consumo e investimentos paralisados), inflação resistente, taxa de juros ainda elevada, moeda desvalorizada, desemprego crescente, perda de grau de investimento e incerteza cambial. 
Mesmo assim, não há dúvidas, a saída está no agro porque o Brasil possui tecnologia tropical, disponibilidade de terra e gente capaz e vocacionada. É preciso que os escalões da República entendam que o futuro dependerá de uma estratégia articulada de todo o Estado brasileiro - como disse Roberto Rodrigues -, uma estratégia para o agronegócio que seja uma política de Estado e não apenas de governo.
A fome é um fenômeno desestabilizador e fomentador de guerras. Se a vocação do Brasil é produzir alimentos para o mundo, é preciso assinalar aqui o caráter estabilizador e promotor da paz embutido nessa missão. Não há dúvidas: alimentos e paz constituem um binômio inseparável. As cooperativas catarinenses estão, há mais de 60 anos, engajadas nesse esforço pelo desenvolvimento e pela paz.
Referência: SUZIN, Luiz Vicente. Alimento e paz: um binômio inseparável. Diário Catarinense. Florianópolis, 17 de junho de 2016.

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