A pesca no lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande poderá render muito mais do que peixes. A partir do mês de março, após o fim do período da piracema, pescadores que capturarem a piracanjuba vão ganhar um kit de pescaria da BAESA. É que a empresa quer ampliar os estudos da espécie e precisa recolher exemplares para análises mais detalhadas. Assim, o pescador que pegar a piracanjuba e entregá-la aos técnicos da BAESA vai receber um kit de pescaria contendo uma mochila, chapéu, camisa, squezze e uma caixa de ferramentas, com vários utensílios. 
Batizada de "Pesque e Ganhe", a campanha vai distribuir 30 kits aos pescadores que colaborarem com a BAESA. Para isso, basta avisar os técnicos da empresa assim que capturarem a piracanjuba. Eles vão retirar as nadadeiras para identificação genética e o peixe será devolvido ao pescador. Os telefones de contato são (49) 3543-5516 ou (49) 3543-5500. 
A piracanjuba é um dos peixes nativos da região escolhidos pela BAESA para ser reintroduzido no rio Pelotas. Em novembro de 2014, a empresa iniciou o projeto com a soltura de 4,5 mil alevinos de espécies nativas, como o dourado, curimbatá, piava, mandi-amarelo, suruvi, pintado e a piracanjuba. E até dezembro, serão soltos um total de 139,5 mil peixes. 
Por ser muito sensível a mudanças no ecossistema, a piracanjuba é um importante indicador de qualidade ambiental, já que se alimenta à base de insetos, outros peixes e pequenos frutos que caem na água, o que requer a presença de mata ciliar intacta. O reaparecimento dessa espécie nativa na bacia do rio Pelotas é tão importante que BAESA e Enercan apoiam, conjuntamente, o Projeto Piracanjuba, um projeto P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) coordenado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).