Santa Catarina iniciou o processo de implantação dos brincos de identificação dos bovinos e bubalinos no ano 2008, em uma cidade piloto na Regional de Joinville. Já que o estado catarinense havia conquistado em 2007 o certificado de Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), foi criado o mecanismo para identificar esses animais e, desta forma, aperfeiçoar as medidas de sanidade.
Para isso, o brinco apresenta uma numeração e um código de barras que permitem levantar informações do animal.
De acordo com a médica veterinária do escritório da CIDASC em Anita Garibaldi, Najla Lazaretti Solvalagem, no início da implantação dessa lei houve um pouco de resistência por parte dos produtores. "Mas atualmente a aceitação é boa. O que falta ainda de alguns pecuaristas é manter o cadastro em dia", comentou a veterinária, que enalteceu mais benefícios dessa medida. "Com a identificação por meio dos brincos, além do proprietário poder ter exatamente o controle dos animais, ele consegue também saber de quem é o bovino ou bubalino que, por ventura, venha a aparecer na propriedade e não seja seu. Basta procurar a CIDASC tendo em mãos o número do brinco", explicou.
Para comercializar o animal, o pecuarista precisa além de ter a nota de produtor, também a Guia de Trânsito Animal (GTA), documentos estes que exigem constar o número do brinco do animal a ser comercializado.     
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) fornece os brincos gratuitamente para todos os produtores catarinenses, que são responsáveis pela colocação do acessório. Mas, Najla explica que é preciso procurar o escritório local da CIDASC para fazer o pedido antes de o animal completar seis meses de idade. Outra orientação importante é do produtor fazer o registro dos casos de mortalidade e de não vender as mães dos terneiros (as) antes de brincá-los (as). Em caso de roubo do animal, o proprietário precisa fazer um Boletim de Ocorrência e depois procurar a CIDASC, a qual fará o registro como desaparecido. Em caso de perda do brinco, é preciso solicitar imediatamente um novo junto à CIDASC.
"Ainda há animais no estado sem brincos, uma pequena porcentagem. Por isso, quem ainda tem animais sem essa identificação procure a CIDASC para fazer o cadastro", destacou a veterinária. 
Com a brincagem é possível saber que em Anita há 34.151 animais entre bovinos e bubalinos. 

Feira do Terneiro (a)
No dia 01 de maio será realizada a 11ª Feira do Terneiro (a) em Anita Garibaldi. A CIDASC orienta os produtores que inscreveram animais para participar, que é preciso que todos estejam brincados, e que tenham no máximo 10 meses de idade até o dia do evento.