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DINHEIRO
Damos mais valor ao dinheiro do que deveríamos dar.
O passado de hiperinflação deixou como herança para boa parte da população brasileira a sensação de que as coisas sempre podem piorar. Como resultado, virou imperativo começar a guardar o máximo de dinheiro possível desde a juventude.
Além disso, os traumas criados nas décadas de 1980 e 1990 levaram à preferência pelos investimentos imobiliários e pela poupança, que, no imaginário nacional, são os mais seguros.
Para Rodrigo Zeidan, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pelo diagnóstico, o problema dessa forma de lidar com as finanças é que a acumulação virou um fim em si mesma: guarda-se durante toda a vida para juntar um patrimônio que nunca será usufruído.
E, para se chegar lá, passa-se por uma vida de privações, em que moedas são contadas.
Como alternativa, ele propõe em seu livro "Vida de Rico Sem Patrimônio" que se busque manter o mesmo padrão de gastos durante toda a vida, porém com três objetivos diferentes em cada fase:
Para ele, jovens podem fazer dívidas, principalmente aquelas que levam a uma renda maior no futuro. Entre os 35 e 45 anos, quando a renda atinge seu pico, deve-se pagar as contas do passado e começar a juntar para a aposentadoria. No final, o patrimônio deve ser gasto, de modo planejado, para que sobre o mínimo possível.
Poupe para comprar à vista e estritamente o necessário.
Este autor defende planejamento financeiro com alguma dívida e poucas privações.
Referência: ZEIDAN, Rodrigo. Damos mais valor ao dinheiro do que deveríamos dar. Folha de S. Paulo. São Paulo, 9 de abril de 2016.
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