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E OS SONHOS?

Que a igualdade social e a felicidade do povo não sejam apenas histórias de contos de fada!
"Gire o carrossel dos dias trazendo novas miragens", escreveu Astrid Cabral.
Na sociedade em que vivemos, é comum questionar a utilidade das coisas. Ou seja, o valor de algo ou até de uma pessoa passa a ser determinado pela sua serventia. Como estamos regulados pelo sistema capitalista, onde quase tudo se transforma em mercadoria, não causa mais espanto - vai até se tornando normal - palavras como inativo para designar um trabalhador aposentado. Nessa ótica, vão se criando conceitos, imprimindo padrões, impondo comportamentos que nada mais são que reprodutores do atual sistema. Tudo passa a ser descartável. O que sobra então? O que nos resta enquanto seres pensantes? 
Este tem sido o grande dilema: a luta diária e incessante pela sobrevivência e a manutenção dos sonhos que projetam a vida para além. Paradoxalmente, viver com dignidade e feliz, que deveria ser natural, passa a ser o maior desafio da humanidade. A máxima "o sol nasce para todos" cai por terra quando deparamos com a desigualdade social.
Não se trata simplesmente de ser a favor ou contra o sistema capitalista, mas de perceber a olho nu que ele nunca possibilitará a inclusão de todos na partilha da riqueza, que não é pouca! O pior de tudo é que o modelo dessa sociedade vai se constituindo, através dos meios de comunicação de massa e da repressão explícita ou velada, como única via possível ou viável. Não é por acaso que todas as tentativas, fora desse sistema, foram violentamente atacadas. Sem dispensar a necessária crítica às experiências socialistas. A derrota destas (pelo menos por enquanto) foi condição necessária para a prosperidade do capitalismo e sua expansão no mundo. 
O modelo atual de produção, sustentado pelo trabalho, alicerçado na competição, difundido pela cultura e legitimado pelas regras do Estado está na base dessa sociedade; estabelecendo formas de relação entre os indivíduos, entre as classes sociais; criando estruturas de poder e propriedade, determinando o ritmo do cotidiano e das nossas vidas enfim. Por isso é tão difícil atacá-lo e derrotá-lo. Há de chegar o dia em que a vida terá mais valor que os objetos. Que a igualdade social e a felicidade do povo não serão apenas histórias de contos de fada.
Referência: GILIOLI, Dinovaldo. Onde caminham os sonhos? Diário Catarinense. Florianópolis, 24 de novembro de 2016.

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