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EUA reúnem 57 crianças menores de 5 anos com seus pais

Prazo para que crianças de até cinco anos voltassem para companhia dos pais venceu na terça-feira (10). Governo deve prestar contas à Justiça ainda nesta quinta-feira.

O governo dos Estados Unidos informou que 57 das 103 crianças com menos de 5 anos separadas de seus responsáveis na fronteira com o México voltaram para a companhia dos pais até esta quinta-feira (12). Outras 46 não passaram pela reunificação, porque, segundo o governo, não se encaixariam nos critérios legais para que isso ocorresse.

Em 26 de junho, o juiz federal Dana Sabraw, do Tribunal de San Diego, deu até a última terça-feira (10) para que o governo reunisse as crianças de até 5 anos aos seus representantes legais. O magistrado também deu o prazo de 26 de julho para que o mesmo acontecesse com as crianças de mais de 5 anos.

Na avaliação da administração Trump, todas as crianças que poderiam voltar para a companhia dos pais já o fizeram, de acordo com o comunicado assinado pelo secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar; o procurador-geral, Jeff Sessions, e a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen.


Os motivos que explicariam que outras 46 crianças não foram reunificadas estariam relacionados aos adultos, incluindo questões de segurança. Um recebe tratamento por uma doença transmissível, outro seria acusado de abuso sexual de uma criança ou ainda 11 deles cometeram crimes graves ou cumprem penas nos EUA, entre outras causas. De acordo com o governo americano, 12 responsáveis já foram deportados e estão sendo contatados pela administração.


O governo deverá prestar contas até a tarde desta quinta se cumpriu o prazo estabelecido pelo juiz Dana Sabraw.

Separação polêmica

Desde que os EUA colocaram em prática a polêmica estratégia de "tolerância zero" contra a imigração ilegal, o governo de Trump separou de seus pais mais de 2 mil menores que atravessaram a fronteira do país com o México.

A divulgação de um áudio com crianças chorando ao serem separadas de seus familiares ao entrar nos Estados Unidos chamou a atenção para o problema.

Pressionado, Trump aprovou uma ordem executiva que suspendia a separação das famílias na fronteira. Porém, o novo decreto não falava sobre as medidas que seriam tomadas para reunir as famílias. A colocação em prática desta determinação é dificultada por problemas burocráticos e logísticos. O país não possui a infraestrutura necessária para a manutenção dessas famílias detidas por longos períodos.

Atualmente, as famílias de imigrantes estão abrigadas em instalações na Pensilvânia e no Texas, que têm uma lotação total de cerca de 3,3 mil camas e já estão com uma taxa de ocupação de 79%, de acordo com a Agência de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês).

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