Previsão para o inverno 2025 indica frio intenso, geadas e nevoeiros
Informação e Memória
O jornalista canadense Michael Harris lançou no ano passado o livro The Endof Absence, no qual discute o papel que a web exerce sobre a vida das pessoas, e as mudanças comportamentais geradas com o surgimento e a expansão da internet. Segundo ele, tendo acesso a uma gama muito grande de informações na rede, as pessoas tendem a memorizar menos. "Gera-se, assim, um complexo paradoxo: sabemos de tudo e, ao mesmo tempo, não sabemos de nada."
A maioria dos estudante atuais, de hoje estão bem informados sobre os acontecimentos do dia, do vulcão naquela manhã na China, da morte de guerrilheiros na Arábia Saudita, do casal famoso da televisão que acaba de separar. Mas não fazem a menor ideia, por exemplo, quem foram os três últimos presidentes da República. Se algum dia tiveram que decorar isso para uma prova, já esqueceram.
Antes, tínhamos que memorizar tudo. Pesquisávamos nas enciclopédias e livroa, tirávamos nossas dúvidas na gramáticas e nossos grossos dicionários. Era melhor? Não sei. Lógico que hoje é tudo mais rápido e prático, pois as informações estão a "um clique" de distância. Mas não há dúvida de que aprendíamos mais e fixávamos melhor os conteúdos, mesmo que fosse "na marra". Estudar, hoje, é mais fácil. Um fato, porém não muda nunca: aprender depende muito mais do interesse e da força de vontade de cada aluno do que do método empregado.
Quem quer, estuda e aprende, em qualquer época.
"QUEM QUER ARRANJA UM MEIO, QUEM NÃO QUER ARRANJA UMA DESCULPA".
Referência: BEVILACQUA, VIVIANE. Diário Catarinense. Muita informação e pouca memória. Florianópolis, 9 de junho de 2015.
Deixe seu comentário