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Javalis causam prejuízos a produtores da Região dos Lagos

O grande número de Javalis com tamanho avantajado e que por onde passam deixam um rastro de destruição nas lavouras, principalmente de grãos, têm trazido o problema para discussão entre autoridades municipais, estaduais e órgãos responsáveis.
Campo Belo do Sul é o município da Região dos Lagos mais afetado pelo problema e a produção de grãos já tem uma quebra de 30%, levando pequenos produtores a repensar na continuidade do plantio de suas lavouras, uma vez que o abate desses bichos só pode ser realizado por caçadores registrados. Produtores relatam que os animais têm hábitos noturnos, geralmente andam em pequenos grupos e suas presenças são notadas somente no dia seguinte, quando lavouras estão devastadas.
Os javalis são animais exóticos e não existem predadores naturais para combater a sua proliferação.  Os primeiros registros de introdução do javali-europeu no Brasil são de 1904. Indivíduos trazidos da Europa para a Argentina e partes do Uruguai escaparam de seus criadouros e invadiram o território brasileiro pela fronteira. Em 1996 e 1997 foram realizadas importações de javalis puros originários da Europa e do Canadá para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Na costa do rio Pelotas dos municípios de Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro e Anita Garibaldi não se pode mensurar a quantidade desses animais. Autoridades como o prefeito de Campo Belo do Sul, Padre Edilson José de Souza, buscam alternativas junto a lideranças estaduais para encontrar uma forma de controlar essa proliferação. De acordo com o prefeito, os pequenos agricultores do município estão deixando de plantar por não ter como controlar o que já chamam de "praga", o que irá causar a saída dessas famílias que vivem do plantio de grãos, do meio rural.

Polícia Militar Ambiental de Lages estuda formas de controlar a situação

O Governo do Estado estuda alternativas técnicas, seguras e ambientalmente corretas para controlar a população de javalis na região serrana, um problema que vem causando prejuízos aos produtores rurais. 
Assim, a Secretaria da Agricultura está preparando, junto com a Polícia Militar, Polícia Ambiental, Polícia Federal e Ibama, um conjunto de ações para o controle populacional dos javalis. Entre as sugestões estão autorizar e registrar caçadores, obedecendo critérios da Polícia Ambiental, e apoiar produtores rurais a fazerem armadilhas específicas para captura dos animais.
No próximo mês, a Polícia Militar Ambiental de Lages irá conhecer fazendas que já têm experiências positivas no controle do javali para que possam servir de modelo para outros produtores rurais.
Lembrando que não será autorizado o abate de javalis por envenenamento, pois a prática pode ocasionar a intoxicação de animais de outras espécies e, além disso, seria interpretada como um ato cruel. Assim como não se pode abater uma fêmea amamentando seus filhotes nem deixar um animal agonizando devido a um tiro mal disparado. A Secretaria da Agricultura do Estado e Polícia Ambiental estudam maneiras do abate ser feito dentro de padrões que respeitem o bem-estar animal e com o devido rigor técnico e sanitário.

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