Missão de catequista exercida por mãe e filha

Já faz alguns anos que Inês Eloir Martendal (59 anos) e Geruza Caroline Varela (26 anos), mãe e filha, dedicam-se a missão de serem catequistas, que não está exclusivamente nas horas de catequese, mas no conjunto para evangelizar e levar o amor de Deus. Mais do que o compromisso com duas turmas cada uma, fazem parte também da coordenação da Pastoral da Catequese da Paróquia Santa Bárbara em Anita Garibaldi.
Serem escolhidas para desempenhar o importante papel de catequistas na vida de tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos, bem como das famílias, é uma alegria para elas.
Inês é natural do município de Verê, no Paraná, e veio morar em Anita em 1980. Naquele ano ela participou da Jornada da Juventude, que a fez mudar sua concepção de viver a fé e teve influência direta para ingressar na caminhada catequética. "O chamado para ser catequista foi após fazer a Jornada da Juventude em setembro de 1980. Me apaixonei primeiro por Jesus Cristo na jornada, foi muito importante para mim. Ao voltar na comunidade que moro até hoje, Rosário, fui convidada pelo conselho para ser catequista. A jornada me motivou a seguir Jesus e a fazer algo a mais como cristã, então em março de 1981, quando tinha 23 anos, comecei na minha primeira turma de catequese, que foi a Pré-eucaristia e naquela época acompanhava os quatros anos de catequese com a mesma turma", recorda a catequista.
Tanto ela quanto a filha, mesmo antes de se tornarem catequistas, ajudavam e participavam da igreja, através da liturgia e grupos de família. Inês também foi ministra da eucaristia por 20 anos.
Geruza seguiu os passos da mãe, assim que se crismou em 2005 começou a acompanhar as catequistas na comunidade do Rosário como auxiliar, e quando fez 16 anos assumiu a função efetivamente. Uma decisão que alegrou a ela e a mãe, como destaca Inês: "Fiquei muito feliz, porque a gente luta para encaminhar os filhos para o reino de Deus, na caminhada cristã, então pra mim foi uma alegria ter ela como catequista, enxergo nela um pouco de mim".
Inês dedica de modo especial as quartas-feiras de manhã para a catequese da Crisma, à tarde para o trabalho da coordenação e à noite junto com a filha dão catequese para a turma da Primeira Eucaristia. Já Geruza trabalha com adultos, na catequese da Crisma, nas segundas-feiras à noite. Ambas são catequistas da Matriz.
Geruza é catequista de adultos, atualmente da Crisma, uma experiência diferente, segundo ela. "Foi uma novidade, porque estava acostumada com crianças e adolescentes, é uma troca de experiências, eles têm uma curiosidade diferente, possuem maior responsabilidade pela busca do sacramento", comentou.
A preparação para a missão semanal é constante. "Buscamos essa capacitação interior através da leitura da Bíblia e livros relacionados à igreja e a Jesus, pesquisa e oração, especialmente antes de iniciar a catequese pedindo a inspiração do Espírito Santo. A gente vai se catequisando a cada encontro", disseram.
Com a sociedade tecnológica nos dias de hoje, há reflexos também na catequese, tanto positivos, quanto negativos. "A televisão influencia tanto para procurar evangelizar, mas tem o lado negativo se a família não direciona os conteúdos. O celular, acesso a internet, também, pois pesquisam mais, porém também dispersa atenção. A diferença de dar catequese na cidade e interior é grande, principalmente pela influência no interior dos grupos de família, que são de extrema importância", comentaram mãe e filha.
Atrair os catequizandos em meio a tudo isso é um desafio, segundo elas, é preciso usar da criatividade para chamar a atenção deles, para qualquer idade, de crianças a adultos. "Pra gente perseverar tem que ser realmente apaixonadas por Jesus e pelas coisas dele. Na catequese formamos uma família, é um aprendizado constante, um elo que não termina, pois forma amizade com eles e a família. Ser catequista é uma missão diária de amor a Deus e ao próximo", concluíram, destacando que recordam com muito carinho de suas catequistas, pela importância em suas vidas.
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