Não consigo imaginar como é a vida de alguém que não gosta de música, de nenhum tipo. E elas existem, até conheço algumas. Não interessa o estilo, o gênero. Isso é questão de gosto pessoal, cada um tem o seu. Mas não gostar de nenhuma melodia deve ser muito triste e solitário. Sim, porque música alegra a vida. Pode ser só um sonzinho ambiente, suave, para relaxar. Pode ser uma música agitada, para dançar junto e soltar os demônios. Uma roda de samba com os amigos, para descontrair. Ou a classe de uma valsa, a sensualidade de tango, um chorinho... Como viajar de carro sem ir cantando as músicas preferidas que estão tocando no rádio? Música é terapia, é vida, é alegria. E a vida de todo mundo tem a própria trilha sonora. Aquelas músicas que marcaram momentos importantes e que, quando tocam, aquecem a nossa alma por trazerem boas recordações.
Li, dias atrás, que a música - seja ouvindo ou praticando - também contribui para sanidade do corpo e da mente. Estudos científicos já comprovaram que a música traz benefícios para um envelhecimento mais saudável, ou seja, aliviando desde dores crônicas até a reversão de sintomas de depressão. Marcos Jonny é professor de música e trabalha numa associação de aposentados e pensionistas do Rio de Janeiro. Ele explica que esse público, de maneira geral, tem a tendência a se isolar. Com a música, porém, ele interage mais, tanto com pessoas de sua faixa de idade quanto com os mais jovens, o que é muito importante para a saúde física e mental. 
Pesquisas publicadas pela Associação Americana de Musicoterapia (EUA) e pela Federação Mundial de Musicoterapia (ITA) comprovam a influência da música na saúde. Algumas constatações: ajuda no relacionamento interpessoal; desenvolve a inteligência espacial e melhora as habilidades matemáticas; otimiza a concentração e o raciocínio lógico; ajuda no tratamento de problemas respiratórios; e previne doenças cardiovasculares. Jonny diz que quando recebe alunos com sintomas de uma possível depressão e começa a trabalhar usando a música como instrumento, em pouco tempo pode observar uma melhora no humor e na condição geral de saúde do aluno. Eu acredito nisso, porque, pelo menos para mim, música é vida, é alegria.
A música é a medicina da alma!
Referência: BEVILACQUA, Viviane. Música é vida. Diário Catarinense. Florianópolis, 14 de junho de 2016.