Não vejo alternativa senão uma revolução do pensamento humano. 
Dentre os muitos os que representam os povos do mundo, não há nenhum capaz de estabelecer em termos e confiáveis que a natureza humana tem como premissa maior o convívio pacífico e próspero entre todos. Arrisco-me a dizer que a natureza humana não pode ser dissociada da condição humana, ainda que sejam estados distintos.
Entendo ( a grosso modo) o estado de natureza humana como a "lei do mais forte" ou "lei da selva" (Hobbes), o que consequentemente me faz conceber o porquê de  onde chegamos e como chegamos. Sobre a condição humana, associo-me ao pensamento de Hannah Arendt, a qual defende que é algo relacionado às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. 
Nessa contraposição observa-se o ponto comum que gravita em torno da história humana: o poder. Desde o surgimento até a supremacia do homem pelo homem, o poder influencia diretamente a condição de vida na Terra, e claro, exerce fascínio aos sedentos de tal condição. 
Não por acaso que em sua trajetória, o homem se viu subserviente a uma ideia que geralmente não era a sua. Ou seja, sempre esteve condicionada a outro homem (chefe, líder) e não sobrava tempo para as grande reflexões. 
Assim, o homem entendeu como um "Ser" funcional, mas carente de todas as suas potencialidade, como por exemplo o pensamento, a reflexão e a crítica. Eis o novo-velho dilema!
Por sermos uma maioria condicionada a alguns condicionantes, e por estes não utilizarem de forma democrática o poder que deveria privilegiar a natureza humana, nos falta a noção de "todo" e a sensação de participação, justamente pela esquálida condição social que nos é oferecida. 
Não vejo alternativa senão como uma revolução do pensamento humano. Somente uma ruptura do status quo para que o homem não se sinta dissociado de sua própria existência. 
Por fim, me aproprio de um trecho da providencial mensagem do vocalista Bono (U2: "Estamos pedindo aos governantes do mundo que, ao invés de colocar mais um homem na lua, coloque a humanidade de volta na Terra".
Referência: ALVES, Cristiano Botelho. Natureza humana. Diário Catarinense. Florianópolis, 21 de dezembro de 2015.
"OS SÁBIOS FALAM, OS SENSATOS ESCUTAM E OS IGNORANTES DISCUTEM"!