Nos últimos dias o frio esteve presente e de forma rigorosa. A paisagem se modificou com a camada de gelo, bem como o vestuário e rotina das pessoas.
As temperaturas negativas, que chegaram antes mesmo do início da estação do inverno (20 de junho), provocaram o congelamento de lagoas, chafariz e até mesmo os canos de água que abastecem algumas residências.
Mas o frio vai além do turismo e do encanto, pois pode gerar também impactos negativos, principalmente naqueles que não têm condições de se agasalhar o suficiente para se proteger.
A médica Vanessa Teles Souto, de Anita Garibaldi, em colaboração a essa matéria gelada, descreve alguns riscos do frio com relação à saúde. Que você confere na sequência.
Segundo ela, junto com a época mais fria do ano, surge também o aumento nos casos de infecções respiratórias. "As infecções respiratórias são a terceira causa mundial de morte em adultos, principalmente devido aos casos de pneumonia. Mas vale lembrar que muitas das infecções respiratórias podem ser prevenidas", comentou a médica.
Os idosos e as crianças pequenas são os mais suscetíveis, pois apresentam o sistema de defesa fragilizado, portanto apresentam maior risco. Portadores de doenças crônicas, as quais debilitam o sistema imunológico, também têm risco aumentado de contrair infecções. Dentes mau cuidados, tabagismo (fumo), ingestão abusiva de álcool e desnutrição também são fatores de risco para adquirir pneumonia.
Dentre as infecções respiratórias mais comuns, estão: resfriado, gripe e pneumonia. O resfriado e a gripe são infecções distintas, apesar de popularmente se confundirem em sua sintomatologia. Ambas são causadas por vírus. Já a pneumonia, além de ser causada também por vírus, mais frequentemente é causada por bactéria.
O resfriado ocorre de forma frequente e não é debilitante. Tem como principais sintomas a coriza nasal, os espirros e a dor de garganta. Não há necessidade de tratamento específico, como antibióticos. O tratamento é realizado apenas para alívio dos sintomas. 
A gripe causa mal estar generalizado, febre acima de 38 graus, tosse, coriza e dores pelo corpo. Assim como o resfriado, também não há necessidade de tratamento com antibiótico, mas pode ser debilitante por um curto período. Porém quando os sintomas ultrapassam três dias, pode estar ocorrendo uma complicação, como sinusite ou pneumonia.
A pneumonia, como já foi citado, pode ser causada por vírus ou bactéria. Pode ser uma complicação da gripe, mas nem sempre é. No início, os sintomas são bem semelhantes aos da gripe, porém evolui com febre prolongada, dor no peito e falta de ar. Nos idosos, as manifestações clínicas da pneumonia podem ser diferentes, não havendo febre, por exemplo, e nesses casos a atenção deve ser sempre redobrada.

Prevenção
A prevenção é simples e deve ser adotada por todos. O hábito de lavar as mãos com frequência deve ser diário e não só na estação mais fria do ano. Ao tossir, proteger a boca com o braço, ou se o fizer com as mãos, lavá-las logo em seguida. Deve-se evitar locais fechados e aglomerados, pois nesta época do ano, vírus e bactérias aproveitam o acúmulo de pessoas em locais fechados para se espalhar com mais facilidade. É recomendável dormir e comer bem e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, a fim de manter a imunidade do corpo alta. Para a prevenção de algumas infecções respiratórias, principalmente a gripe e a pneumonia, existem vacinas. Em determinados grupos, como diabéticos, idosos, gestantes e crianças (até 4 anos, 11 meses e 29 dias), a vacinação é realizada de forma gratuita nos postos de saúde. 
O uso abusivo e inadequado de antibióticos torna as bactérias resistentes ao medicamento. Profissionais de saúde e pacientes precisam se envolver e tentar utilizá-los apenas quando necessários, auxiliando assim no combate à resistência bacteriana. "Portanto, evite usar aquele antibiótico que sobrou, ou que era de outro familiar. Só faça uso de antibiótico quando indicado e prescrito pelo médico", finalizou a médica Vanessa.