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O relato da experiência de participar do Ciências sem Fronteiras

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- Adriana ao lado da mãe Eliane durante viagem em Barcelona na apresentação dos artigos
Adriana Gracietti Kuczmainski, relata a extensão feita pelo Programa Ciências sem Fronteiras, e a apresentação recente de dois artigos no Congresso Ibero Americano de Pesquisa Qualitativa, em Barcelona - Espanha.
No ano de 2012, Adriana Gracietti Kuczmainski, na época graduanda do curso de Enfermagem, na Udesc - campus Chapecó, foi selecionada para o Programa Ciências sem Fronteiras e estudou pelo período de dez meses na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa - Portugal.
Quatro anos após essa experiência, o Correio dos Lagos voltou a entrevistar a jovem natural de Anita Garibaldi, filha de Eliane Matos Gracietti e Sílvio Gracietti.
Adriana relata que desde a graduação sempre se envolveu muito no que havia disponível na universidade com relação a atividades de ensino, pesquisa e extensão, e acredita que isso tenha sido o diferencial para a seleção no Ciências sem Fronteiras. "Eu fui mesclando ao máximo nessas atividades, porque queria vivenciar o máximo à experiência de uma universidade", comentou.
Segundo ela, sair do Brasil sozinha foi um grande desafio. "Foi uma sensação de um autodesafio, mas ao mesmo tempo de uma conquista. Isso me deixava bem feliz desde o início. Passei dificuldades de adaptação e situação desagradáveis de preconceito. Mas ao longo do tempo fui me adaptando. O grande diferencial foi conhecer outras realidades, outros contextos e conseguir tirar proveito dessa experiência", comentou, destacando que ser natural de um município pequeno não é obstáculo algum para realizar sonhos. "O pensamento de limitação vai sendo quebrado e passa-se a perceber que essas possíveis amarras não são reais, porque só depende de você".
Emocionada, ela define: "É uma Adriana antes do Ciências sem Fronteiras e outra depois. Com esse crescimento pessoal o crescimento profissional acaba vindo junto".
Sobre o Programa Federal, Adriana elogiou o suporte recebido pelo consulado brasileiro, e diz só ter a agradecer pela oportunidade.
Ao voltar para o Brasil, ela conta que tudo parecia novo. "A saudade da família era enorme, bem como a expectativa em por em prática os conhecimentos adquiridos". Então, Adriana prosseguiu com os estudos, fazendo especialização em Saúde Pública e posteriormente mestrado em Ciências da Saúde, porém ela optou pela prática da docência, e atualmente é professora universitária na instituição em que se graduou, a Udesc - campus Chapecó.
A linha da pesquisa continuou a atraindo. "Sempre estive fazendo pesquisa científica e publicando, porque o pesquisador estuda a população e consegue dar um retorno para mesma, de certa forma colaborando com a melhora da realidade", disse.
"Acredito que o mais importante é estar focado no nosso microambiente, na família. Sempre tive a preocupação em aproveitar e valorizar os momentos em família. Meus pais sempre foram grandes apoiadores e com o tempo tornou-se ainda mais claro que meu objetivo é cuidar da minha família em primeiro lugar", comenta Adriana.
Recentemente ela apresentou dois artigos no Congresso Ibero Americano de Pesquisa Qualitativa, em Barcelona - Espanha, o qual teve por objetivo difundir estudos que estão sendo realizados na Região Oeste de Santa Catarina e também socializar experiências. Nessa experiência, a sua mãe Eliane a acompanhou. Uma alegria para ambas, como destaca a mãe: "Minha filha sempre foi muito dedicada aos estudos e cada conquista é mérito do esforço contínuo dela", comentou Eliane que também é professora, e diz ser uma grande realização ver a filha seguindo também na área da docência.
Adriana finaliza destacando seus anseios futuros: "Hoje a minha maior preocupação e perspectiva para o futuro é conseguir conciliar a rotina e as conquistas profissionais que tracei até aqui, mas sem abandonar o lado pessoal, mantendo-os de forma harmônica. Se eu tiver que escolher, escolherei a família".
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