O município de Anita Garibaldi conta com 14 produtores de uva e todos tiveram perda na produção

A combinação de granizo, geada e excesso de chuvas foram fatores primordiais para a quebra na produção de uva nesta safra e atingiu diretamente os produtores não só da região, mas de todos do estado catarinense e gaúcho.
O engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura, Henrique Menegazzo, destaca que a fruticultura necessita de no mínimo 600h de frio abaixo de 7º C e no ano passado no período do desenvolvimento da fruta não aconteceu a metade. "O inverno foi mínimo, o calor veio cedo e a planta brotou, então depois veio a geada e matou a brotação, com isso a planta gastou energia para brotar novamente, veio o granizo seguido de longos períodos de chuvas e somente agora um pequena estiagem colaborou com a melhoria na qualidade do pouco produto que resistiu, mas mesmo assim não atingiu o grau de açúcar desejado", enfatizou Henrique, destacando que a produção teve queda de 60%. 
O município de Anita Garibaldi conta com 14 produtores de uva e todos tiveram perda na produção, o que irá influenciar na próxima safra, pois a parreira sofreu muito. O preço também sofreu elevação. "No ano passado a uva bordô que é a mais utilizada para o vinho foi vendida a R$ 1,10 o Kg e nesse ano o preço já subiu para R$ 1,60, pois a produção caiu e os custos aumentaram", relata.
A queda na produção irá afetar diretamente as vinícolas e a produção de vinho. Henrique que também é produtor de vinho, destaca que na safra passada conseguiram comprar dos produtores do município cerca de 10mil Kg de uva para a produção do vinho e neste ano foi possível comprar apenas 3 mil Kg.
Os produtores que possuem seguro de seus parreirais solicitaram e conseguiram junto ao banco um auxílio para suprir algumas perdas com a safra.
Henrique destaca que apesar da queda alguns produtores já pensam em investir em novas áreas, e aqueles que têm interesse em ampliar a produção devem procurar a Secretaria de Agricultura.