Desde que o ser humano foi apresentado à invenção tecnológica – que foi justamente do próprio homem, chamada carro, o que se viu ao longo dos tempos foi a evolução dos veículos, em vários quesitos, como conforto e velocidade. Tanta potência, muitos cavalos em cima de quatro rodas de um automóvel descrito como para passeio, tornaram os carros verdadeiras máquinas que contrariam os padrões da rapidez.
Fato é que tamanha potência não tem estrutura em alguns fatores abaixo dos pneus para poder extravasar no ponteiro do velocímetro. Acima da tecnologia surpreendente estão as companheiras inseparáveis chamadas leis, as quais colocam limites, ou ao menos deveriam tocar na consciência dos milhões de motoristas pelo Brasil e fazê-los diminuir a intensidade com que pisam no acelerador.
Recentemente a Associação dos Usuários das Rodovias do Estado de Santa Catarina (Auresc) anunciou que pretende mudar os limites de velocidade permitido nas rodovias, para alguns locais a intenção é diminuí-la e para outros é de aumentá-la. O motivo dessas possíveis reformas é de reduzir acidentes, pois as ultrapassagens diminuem, assim a quantidade de multas reduz, e as estradas ganham mais mobilidade, argumento este feito pelo presidente da Auresc, Sérgio Pöpper.
Façamos uma indagação: embora os motoristas queiram poder andar em alta velocidade, e supondo que o limite de velocidade aumente, será que terão condições de andar com tamanha rapidez numa via esburacada e com sinalização precária?
Não vamos aqui generalizar que todas as rodovias brasileiras, e isso se incluem as estaduais, sejam precárias, mas vale admitir que tem muitos asfaltos pedindo reformas.
Já pensou um carro a cento e poucos por hora ir de encontro a um buraco e perder o controle? O resultado disso corre o grande risco de ser denominado como acidente.
Na Região dos Lagos nos últimos dias a bruxa andou solta pelas estradas estaduais que ligam os municípios. Foram seis acidentes, que infelizmente dois destes resultaram em vítimas fatais. Duas vidas que terminaram em cima das quatro rodas.
Apontar culpados para as situações cabe à justiça, o que se vê diante dessa natureza de fatos são famílias sofrendo pela ausência dessas pessoas. Famílias que os viram bem e tomaram como surpresas as tristes notícias, tentando aos poucos acreditar que realmente estão vivendo sob esse pesadelo.
Cabe a cada um que diz ser motorista por formação de autoescola fazer valer na prática o respeito e atenção no trânsito, diante das normas de sinalização que aprendeu na teoria, porque esse respeito pode sim garantir a vida de pessoas.
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