Saber o que se quer fazer em 10 anos pode contribuir para planejar a vida profissional.
O autoconhecimento está na moda. Muito se fala sobre esse conceito em meios alternativos à psicologia. Mas será que sabemos quais são as implicações de ter ou não ter autoconhecimento em nossas vidas? Para a psicologia, autoconhecimento trata-se da capacidade de descrever ou relatar seus próprios comportamentos e, mais dificilmente, descrever a causa que nos faz que nos comportemos da maneira como o fazemos. 
Convido você a fazer um pequeno teste, respondendo a três perguntas para verificar o seu nível  de autoconhecimento: (1) O que você gostaria de fazer da sua vida em dez anos? (2) Quais os valores sem os quais você não seria feliz em um relacionamento? (3) Porque você mantém um comportamento que sabe que não faz bem?
As respostas a essas perguntas  nos permitem tomar decisões que nos afetarão a médio e longo prazo. Com relação à primeira pergunta, saber o que se quer fazer em 10 anos pode contribuir para planejar a vida profissional e organizar as atividades diárias para alcançar esses objetivos. Na segunda questão, saber quais os valores necessários para  ser feliz em um relacionamento pode ajudar a encontrar o companheiro adequado  para sua vida e evitar conflitos desnecessários em um relacionamento já existente. E a resposta à terceira pergunta pode contribuir para modificar uma conduta prejudicial.
Se você não tem resposta a essas perguntas ou sente que seu autoconhecimento é insuficiente, é possível trabalhar para aprofundá-lo. A maneira adequada para se aprender a se conhecer é a partir do outro. O contexto no qual o autoconhecimento se dá de maneira mais sistemática e segura é através da psicoterapia. Ele é o início e faz parte de todo o processo psicoterapêutico, permitindo que encontremos soluções para nossos problemas ou questões de vida, cujas respostas não são universais.
Assim, a psicoterapia pode contribuir para resolver questões sobre escolha profissional, planejamento de carreira, problemas de relacionamento, controle emocional, mudanças de comportamento, entre outros, utilizando como ferramenta fundamental o autoconhecimento.
Referência: GRÜN, Taísa Borges. Até que ponto você se conhece? Diário Catarinense. Florianópolis, 16 de novembro de 2015.