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Casa Feltrin a mais antiga do município

Anita Garibaldi

A Diretoria de Cultura e Turismo de Anita Garibaldi vem realizando resgates históricos, culturais e religiosos, de bens materiais e imateriais do município. Um grande exemplo é o resgate da casa mais antiga deste município.
Nela reside o viúvo de 83 anos Fidencio Feltrin com seus filhos(a) Hilário, Altamiro, Vitória e Terezinha Feltrin.
A casa  foi construída por volta do ano de 1903, por José Granzotto, segundo seu Feltrin e sem dúvida é a casa mais antiga do município de Anita Garibaldi, está localizada na comunidade do Arrozal e sua principal matéria prima é a madeira araucária, a  cobertura era de tábuas mas  foi trocada por telhas de barro no ano de 1954. As paredes são de madeira cerrada e moldurada à mão, as janelas são de madeira, não existe vidro e nem pintura na casa, ela possui quatro quartos, sótão, varanda, porão, cozinha e sala, além da casa, os móveis também  são antigos e a família faz questão de preservar este patrimônio histórico.
A casa foi adquirida por Ângelo Feltrin no ano de 1950  após várias famílias terem passado por ela e após  muitos anos de posse, Ângelo  doou para seu filho Fidencio Feltrin que é agricultor e  carpinteiro e que  preserva as tradições, exemplo disso é a criação de porcos em chiqueiros e outras culturas que a família ainda mantêm.  O seu filho Hilário é carpinteiro e  trabalha na construção e recuperação de rodas de carretas. A casa de seu Fidencio foi a primeira residência do município de Anita Garibaldi a ter  luz elétrica, pois ao lado da casa passa o Lajeado dos Antunes onde foi instalado um moinho que fazia  farinha de trigo e milho. Este moinho era tocado pela força da água que movimentava uma roda de sete metros de altura, funcionando assim o moinho.

Em 1953, por iniciativa do Sr. Euclides Granzotto  por intermédio da Prefeitura de Lages,  onde Anita Garibaldi era apenas distrito, foi instalado um gerador de energia elétrica que fornecia eletricidade para as casas do distrito, esta pequena usina gerou energia por cinco anos.
O moinho por volta do ano de 1979 pegou fogo ficando totalmente destruído e não se sabe as causas do incêndio, mas a  família Feltrin tem um sonho de reconstruir o moinho como resgate da história para a comunidade.         
Para a Diretora de Cultura e Turismo do município, Neusa Schlosser Cechin. “É de extrema importância que nós responsáveis por este departamento, resgatemos e  realizemos o registro das fontes históricas e culturais existentes no município’, disse a Diretora.
 Segundo o Historiador do município Antonio Ronaldo Sutil. “Os resgates estão sendo feitos e a meta é realmente registrar estas fontes históricas existentes antes que ao passar dos anos se perca, também registramos o uso e costumes das pessoas. A história é sem dúvida a nossa única herança e devemos valorizar este precioso bem, um povo sem história é um povo sem memória”, disse o Historiador.

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