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Divertimento e alegria ao som da Gaita Fandangueira

Anita Garibaldi

Os cerca de 80 integrantes do grupo de idosos "conviver Santa Ana", se rendem ao som animado da gaita do tio João. Ele também é integrante, mas ao contrário dos demais participantes, prefere esticar o fole do instrumento para que todos possam demonstrar suas habilidades de dançarinos.

O acordionista João Maria Delfes diz, sentir-se feliz e realizado, vendo os colegas caírem na dança. "É uma felicidade perceber que estão gostando da minha música", fala o aposentado de 72 anos, que aprendeu a lidar com o instrumento musical há muitos anos.

O grupo se encontra todos os sábados à tarde numa sala cedida pela igreja. Durante aproximadamente quatro horas, os idosos participam de diversas atividades. Entre recreações, exercícios físicos e orações. Mas, a atividade preferida pela maioria é o momento reservado para dança de salão. E aí que entra a missão do velho e bom acordionista. "Sei que tenho uma tarefa difícil, mas procuro tocar músicas bastante animadas. Aí eles não resistem e caem na dança e tudo vira uma festa", afirma o animador.

Segundo ele, depois que o casais saem para o meio do salão, começam as solicitações de músicas. "As mais pedidas são o xote e o vanerão, e aquelas bem antigas, que certamente lembram alguma coisa na vida deles. Mas de vez em quando, procuro largar uma lentinha bem apaixonada, para que se divirtam ainda mais", conta o aposentado.

O casal Aquiles da Silva Duarte e Nair Varela Duarte, ambos com 69 e 63 anos respectivamente, não perdem a oportunidade de recordar as tradicionais festas que costumavam freqüentarem juntos durante o namoro. "Gostávamos muito de dançar. O tempo e a idade fez com que deixássemos essa diversão de lado. Mas agora não perdemos tempo, e na maioria das vezes somos o primeiro casal a iniciar o bailão, após ouvirmos o som da gaita triunfar dentro da sala", ressaltou Seu Aquiles, que participa do grupo, acompanhado da esposa, há apro-ximadamente dois anos.

A alegria ainda se torna mais intensa nas comemorações realizadas constantemente. "Comemoramos todas as datas que tenham alguma relação com eles. Os aniversários, e outras datas especiais como o dia das mães, o dia dos pais, entre outras, fazem parte do calendário do grupo", salientou a Irmã Brunilda Maria Stuelp, coordenadora da turma.

Para ela, as atividades ajudam no convívio social e na motivação, evitando stress e outras doenças causadas pela acomodação e pela falta da realização de exercícios físicos.

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