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LEITURA
Por João Maria
Ler é uma atitude inteligente". A leitura abre as portas para a vida. "Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo". A leitura é como companhia na formação e como instrumento de acesso à cidadania, mesmo em tempos de novas tecnologias e advento da internet. Quem começa a ler não para mais. A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet. Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo. Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não trilharam esse caminho e desejarem experimentar, vale a pena tentar. Somente com professores que sejam leitores será possível exigir dos alunos que eles leiam, interpretem e escrevam com fluência. A leitura começa em casa – A família é decisiva para incentivar a leitura. Além do exercício intelectual partilhado, a leitura entre pais, filhos, irmãos, tios e avós agrega o componente afetivo de maneira muito forte, fortalecendo o ato de ler. Ler junto é dar afeto também. Nas famílias com poder aquisitivo para comprar livros e que já estejam motivadas para ler com seus filhos e conversar com eles sobre os livros, essa tarefa é mais fácil. Eles sabem o quanto esse ato é importante para a educação dos filhos e para fortalecer os laços de amizade na família. Difícil é para as famílias mais pobres que não podem comprar livros e que muitas vezes não são elas leitoras. Aqui ocorre muitas vezes o seguinte: Os filhos de pais analfabetos levam a leitura para seus pais que, orgulhosamente e curiosos, partilham o ato de ler como um bem precioso. Mesmo sem serem leitores, eles sabem que isso vai proporcionar uma vida melhor do que a que tiveram para seus filhos. Jornal Mundo Jovem – Ano 47 – 394 – março – 2009 – pp. 12 e 13
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