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Mab realiza assembleia popular do Rio Uruguai

Pinhal da Serra

Nos dias 12,13 e 14 de agosto, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizaram Assembleia Popular da Bacia do Rio Uruguai na comunidade de São Jorge, município de Pinhal da Serra no Rio Grande do Sul. A Assembleia é para tratar assuntos referentes a operação das barragens da bacia do Rio Uruguai e ao cumprimento das medidas de compensação ambiental e socioeconômica por parte dos consórcios que exploram essa barragem. Participaram do encontro prefeitos dos municípios atingidos e seus representantes, além de representantes da Eletrosul e Eletrobrás e dezenas de agricultores atingidos pelas barragens que ainda não tiveram seus problemas resolvidos. Segundo um dos coordenadores do Mab André Sartori. "Queremos medidas que reestruturem a pequena propriedade e que possibilitem aos nossos agricultores plantar e colher seus produtos conforme seu terreno e ainda o desenvolvimento e acesso aos filhos destes agricultores à internet, telefone celular, esporte e lazer junto às comunidades, onde os projetos sejam feitos pelos agricultores não pelo Sebrae e que o Bndes aplique mais recursos na agricultura sustentável. Somente assim será viabilizada a permanência do agricultor no campo, caso contrário, muitos estarão largando suas terras para viver na cidade", afirmou Sartori.

"A reação das populações rurais atingidas por estes projetos permitiu entre outros aspectos, o reconhecimento de que a instalação de hidrelétricas resulta em uma problemática extremamente complexa, que está longe de se esgotar em sua face técnico-econômica. Em termos sócio-ambientais é indispensável salientar, por um lado, que esta instalação provoca uma verdadeira reordenação territorial, exigindo a remoção compulsória das populações que historicamente vinham ocupando os espaços requeridos para esta finalidade". Finaliza André Sartori

Para o vice-prefeito de Anita Garibaldi Júlio Pinheiro. "Esses dias de reivindicações servem para as empresas responsáveis pelas barragens, avaliarem o que elas trouxeram para os municípios. Em Anita Garibaldi, sentimos o esvaziamento do interior do município e temos que ir buscar os alunos nas comunidades, onde buscava-se trinta alunos hoje busca-se dois ou três, esse é um dos problemas como o êxodo da população; esvaziamento de escolas, igrejas, casas e diversos danos sociais causados pela desagregação das comunidades, faltou a presença do representante do BNDES. Vamos formar uma comissão e ir até o Rio de Janeiro conversar com a direção do banco, pois urgentemente precisamos desses recursos." Concluiu o vice-prefeito.

Já para agricultora Ivanir Godoy da comunidade de Bom Jesus de Abdon Batista. "Os agricultores querem ficar no campo junto com as famílias em suas comunidades onde nasceram e cresceram. Queremos que as pessoas entendam que não estamos pedindo nada apenas reivindicando nossos direitos, dos nossos pais e filhos, queremos um futuro melhor para todos". Explicou a agricultura.

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