Anita Garibaldi

O mês de setembro é especial para todos os gaúchos, tanto aqueles que ainda vivem nos pagos Riograndenses quanto os que se debandearam para outras querências deste Brasil afora. O dia 20 de setembro, Dia do Gaúcho, é feriado estadual no Rio Grande do Sul e as semanas que o antecedem são dedicadas aos mais diferentes festejos de culto às tradições gaúchas. O Rio Grande nestes dias, mais do que o habitual se veste de cultura e predominam nas ruas, estabelecimentos comerciais, bancos e repartições públicas, homens e mulheres trajando as roupas características, bombachas, lenços no pescoço e vestidos de prendas, exaltando com orgulho a memória histórica, a cultura e as cores do RS.

Esta história tem início em 20 de Setembro de 1835, na Ponte do Azenha, em Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, quando um grupo de civis republicanos liderados por Bento Gonçalves rebelou-se contra o Monarquia Brasileira e suas políticas fazendo uma emboscada contra forças do Exército Imperial. Começava ali a Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha, envolvendo gaúchos, e posteriormente catarinenses, contra o poder central, num dos mais significativos movimentos de revolta civil e a mais dura e sangrenta de todas as revoltas civis ocorridas no Brasil, durou quase dez anos, até 1º de março de 1845, quando foi anunciada e restabelecida a paz com a assinatura do Tratado de Poncho Verde (hoje município de Dom Pedrito/RS). Os combatentes revolucionários eram chamados Maragatos e identificados por lenços vermelhos e os combatentes conservadores eram chamados Chimangos e se identificavam pelo uso de lenços brancos. Giusepe Garibaldi e Anita Garibaldi são deste tempo e lutaram junto às forças revolucionárias. Posteriormente, em outras revoltas, ocorridas em 1893 e 1923, Maragatos e Chimangos voltaram a medir forças. As Repúblicas Riograndense e Juliana não tiveram êxito, mas semearam idéias que germinaram e mais tarde se tornaram realidade com a Proclamação da República no Brasil em 1889.