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Fora do mapa

 Anita Garibaldi e Campo Belo do Sul foram cotados para receber loteamentos construídos pela Cohab, desde que um terreno que se enquadre nos requesitos estabelecidos pelo edital da companhia seja apresentado até a tarde da próxima segunda-feira.

Estes dois municípios são os maiores da Região dos Lagos, sendo assim pode-se supor, em uma primeira vista, que há mais pessoas precisando de uma moradia própria nestes lugares do que em outras cidades da Região.
Porém, parece que em alguns casos as moradias perderam importantes características em suas composições, como luz elétrica instalada e rede de esgoto adequada. Afirmamos isso quando vemos as casas populares construídas numa espécie de sub-bairro chamado Portelinha, que nada mais é do que um conjunto habitacional construído de forma superficial, com casas simplesmente estruturadas em quatro paredes, piso e teto, como se instalações de necessidades básicas não fossem necessárias àquelas pessoas que até então reivindicavam uma casa própria e acessível onde pudessem morar.
A impressão passada pelas casas construídas na Portelinha é que foram feitas com bases fincadas em promessas indecentes, uma vez que se promete “moradia digna”, mas o que é fornecido torna-se um problema vergonhoso para muitas pessoas.
Naquela época, faltou dos administradores municipais noções básicas sobre planejamento habitacional. Sim, dos administradores responsáveis pelas construções, afinal é muito difícil cobrar isso dos moradores, os quais assumem um perfil pobre ressonante de desespero para que possam receber ajuda, e hoje assumem um perfil socialmente esquecido, em um lugar que parece estar fora do mapa por diversos motivos.
 
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