Esta falsa ilusão no trânsito é fruto de um único fator

A SC-438, em Bom Jardim da Serra, ponto turístico da região serrana, é lembrada sempre por suas curvas sinuosas, mas nos últimos dias tem sido manchete em jornais de circulação nacional por um outro fator: o gelo na pista.

Nesta época do ano as estradas da serra recebem um volume de carros maior do que o de costume. São os turistas que vêm para cá aproveitar o clima europeu em pleno território brasileiro.

A partir do momento que saímos em viagem, estamos sujeitos a diversos imprevistos, os quais podem nos afetar drasticamente. Tentamos evitar estes contratempos de diversas formas, mas às vezes esquecemos de detalhes essenciais que visam a nossa segurança.

Segurança. É com vistas à esta que quando pegamos o carro tomamos diversas medidas, desde o uso do famoso cinto de segurança, até a automática olhadinha pelo retrovisor. Levamos nossos veículos para a revisão regularmente e estamos sempre de olho em qualquer aparente defeito ou diferença que possam nos preocupar. Assim, como o automóvel em dia e as estradas descongeladas, secas e seguras, podemos dirigir tranquilamente. Negativo. Toda e qualquer medida tomada no trânsito, embora importantíssimas, traz-nos uma ilusão de segurança.

Esta falsa ilusão é fruto de um único fator, o qual, embora muito policiado, ainda precisa ser controlado para que efetivamente haja proteção nas vias. Este fator é o humano.

Como sempre, nossa espécie é responsável pela sua própria morte por motivos inexplicáveis. Somos autodestrutíveis ao mesmo tempo em que pensamos ser conscientes, e esta autodestruição é mais visível no trânsito do que em qualquer outro lugar.

A educação é a principal maneira de compreendermos nossos limites e aprendermos a respeitar a vida. A maioria de nós passa pelo menos onze anos da vida em bancos escolares, sem contar todos os outros cursos educacionais como a catequese e as aulas teóricas preparatórias para conseguirmos a carteira nacional de habilitação. A maioria de nós passa muito tempo se preparando teoricamente para por em prática toda a imprudência que deveria ser deixada de lado.