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Menos filhos e mais trabalho

 Há uma luta incessante pela igualdade entre homens e mulheres no Brasil. No nosso país não existem costumes que menosprezem as mulheres caracterizando-as como seres submissos aos homens, assim como ocorre em diversos destes países politicamente problemáticos, como o Afeganistão, onde mulheres vivem à sombra de tradições tribais absurdas para sociedades que primam direitos igualitários entre os sexos.

Enquanto por um lado há a marginalização da figura feminina, por outro lado, em sociedades com princípios econômicos que se sobressaem aos costumes outrora dominantes, há a mulher empreendedora, política, acadêmica, enérgica em suas atividades fora de casa e que acabou por derrubar o domínio masculino no sustento caseiro.
Como podemos perceber, a maioria das mulheres dos dias de hoje tem funções sociais que não teriam há alguns anos. Também é inegável o fato de que para dar lugar às novas funções sociais elas acabem deixando em segundo plano algumas coisas que são marcos na identidade feminina, e não estamos falando do batom e do rímel, mas sim da maternidade.
A carga horária de trabalho, os estudos, a independência e, muitas vezes, a vida solitária que elas levam, podem ser fatores que justificam os números do IBGE que revelam a taxa de fecundidade em queda. Para as mulheres que trabalham fora de casa, parece que seu relógio biológico está acelerado, o tempo vai esgotando sem que se perceba. Mesmo para as que tenham filhos, um ou dois é o número máximo, o qual contrasta bruscamente com o número de filhos que as mulheres tinham há três ou quatro décadas.
Enquanto antes ter filhos era sinônimo de ter mão de obra barata na roça, agora ter filhos significa ter mais despesas em casa a longo prazo, até por que as pessoas têm se casado mais tarde (quando casam).
O fato de as mulheres pensarem em proporcionar um bom futuro aos filhos, trabalhando um pouco a mais (para bancar a faculdade, o plano de saúde, etc) faz com que elas esqueçam de tê-los. É meio irônico, mas esta situação é muito mais comum do que se pensa.
 
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