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O segredo do Natal

De ano em ano passamos por datas importantes por diversos motivos, estas são para comemorar um aniversário, celebrar a proclamação da república ou o dia dos pais, por exemplo. Durante o ano temos várias datas comemorativas e feriados, mas nem todos são como o Natal, afinal durante esta data há sempre algo a mais, e não estamos nos referindo aos presentes ou as típicas e saborosas ceias.

Há algo a mais nesta data que não é relativa ao feriado, pinheiros, bolas enfeitadas, luzes ou panetones, o "algo a mais" vai além da cultura natalina importada por nós do hemisfério norte por influência de grandes marcas ou filmes americanos.

Existe alguma coisa no Natal tão importante que vai além de qualquer crença religiosa e além de histórias sobre renas voadoras e velhinhos descendo pelas chaminés com um saco cheio de presentes. Alguma coisa que não está geograficamente situado pois está em todo lugar ao mesmo tempo, seja na Lapônia, Pólo-Norte ou Rio de Janeiro. Não importa se em grandes condomínios de luxo enfeitados com motivos natalinos descontextualizados com nosso clima, ou se nas favelas recém-pacificadas.

Não há como dizer que seja importante toda a cultura de Natal tão saliente durante esta temporada, mas a importância dela é mais econômica do que qualquer outro motivo, afinal, nesta data, lojas contratam mais pessoas para ajudar nas vendas enquanto todos estão ansiosos pela troca de presentes.

Este "algo a mais" que existe no Natal não é nada que custe muito caro ou que seja importado, mas é tão necessário quanto qualquer símbolo natalino, tão importante quanto o próprio Papai Noel, inclusive.

O "algo a mais" é a magia do Natal, nada cinematográfica como a de Harry Potter, mas sim uma magia real, possível e com data marcada. É através dela que amolecemos nossos corações um pouco a mais com as campanhas que visam presentear crianças ou famílias carentes. Por ela pessoas de longe viajam quilômetros para ver seus familiares e matar a saudade.

Não há como negar que isso não dependa de magia, afinal estamos sempre tão ocupados com nós mesmos e em função de nossos afazeres, que quando pensamos nos outros e lembramos de nossos semelhantes e pessoas que amamos, é algo realmente mágico.

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