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PALAVRA DE VIDA

Recordando São Jerônimo cuja memória litúrgica foi celebrada no dia 30 de setembro, a Igreja Católica comemorou, naquele mês, a Bíblia, o livro santo da Palavra de Deus, uma das bases da construção da civilização ocidental.

Recordando São Jerônimo cuja memória litúrgica foi celebrada no dia 30 de setembro, a Igreja Católica comemorou, naquele mês, a Bíblia, o livro santo da Palavra de Deus, uma das bases da construção da civilização ocidental. Ao traduzir toda a Bíblia, do hebraico e do grego para o latim, Jerônimo (349-420) facilitou o acesso do povo cristão, sobretudo do clero, à Palavra de Deus. O Concílio Vaticano II (1962-1965) incentivou os fiéis da Igreja Católica a lerem e meditarem, diariamente, a Bíblia. Assim, a Palavra de Deus passou a tornar-se alimento de vida espiritual e intelectual para muita gente. Os cristãos reconhecem que na Bíblia, sobretudo nos Evangelhos, encontra-se a Palavra com a qual Deus alimenta seu povo, indicando-lhe o caminho da salvação. Famílias e comunidades que leem, meditam e praticam a Palavra de Deus, em círculos bíblicos, em grupos de oração e reflexão, em pastorais e movimentos serão marcados pela solidariedade, pela união. Também a sociedade, o país, o mundo todo, se tornarão mais fraternos e humanos, menos violentos e corruptos, quando puserem no coração a santa Palavra de Deus. A salvação eterna começa aqui e agora. É dom de Deus e tarefa nossa. É dom de Deus, que nos vem, precisamente, por sua palavra de ânimo e encorajamento, ou de juízo e correção, ou de conselho e orientação. É tarefa humana, enquanto vivendo a Palavra, na simplicidade e mansidão, na sobriedade e pobreza, o cristão vai se humanizando, se transformando, se divinizando. A doença do mundo atual se explica pela intoxicação com a violência e a infidelidade, o egoísmo e a idolatria, que entram dia por dia em nossos corpos e corações. O que nos fortalece o caráter são palavras de fé, de salvação, de vida? Ou palavras que nos levam ao materialismo, à violência, à ganância, ao individualismo, à perdição?

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