Sérios problemas na saúde estadual
Com a saúde não se brinca e é isso que os prefeitos e secretários de saúde dos municípios da Serra Catarinense, incluindo os da Região dos Lagos, estão buscando entender os propósitos do novo governo em criar microrregiões para atendimentos de urgência e emergência de pacientes.
Hoje, Lages é o polo de atendimento de diferentes patologias e os casos mais graves, principalmente dos municípios da Região dos Lagos, incluindo Anita, Cerro, Campo Belo e Capão Alto, são levados para os hospitais e maternidade do nem tanto vizinho, mas referência em equipamentos e atendimento especializado. O fato é que tanto Anita quanto Campo Belo, além das unidades de saúde em pleno funcionamento, possuem hospitais com ótimos profissionais, estrutura e equipamentos para realizar um atendimento humanitário e amenizador, porém na visão de prefeitos e secretários, não o suficiente para atender urgências e emergências que necessitam de um vasto número de profissionais especializados, equipamentos e estrutura, e equipar esses hospitais se tornaria inviável, perante o número de atendimentos da região.
O que os prefeitos e secretários buscam é direcionar a cidade de Lages, que já possui uma estrutura adequada, para continuar recebendo esses pacientes que não são aqueles que possuem quadros sem gravidade, mas sim aqueles que apresentam sinais de AVCs, infartos, cesarianas entre outras diversas situações que necessitam de atendimento urgente e especializado.
Transformar, a exemplo o hospital de Anita, em atendimento de urgência e emergência, ajudaria e muito os pequenos municípios do seu entorno, mas se tornaria inviável, por exemplo, levar um paciente de Campo Belo até Anita e depois se o quadro se agravar ter que retornar a Lages, isso só atrasaria o processo, na visão de prefeitos e secretários. Vale ressaltar que em nenhum momento eles falam em fechar hospitais, pelo contrário, estão ajudando na forma como podem para manter essas estruturas abertas, mas pensam primeiramente na saúde de seus pacientes e no atendimento especializado com mais rapidez, evitando possíveis sequelas e preservando a vida.
Esse é um assunto que irá render ainda nas esferas municipal e estadual se o novo governo não vir in loco avaliar as estruturas, distâncias e o que poderá ser feito pela população desses pagos. Vamos citar aqui rapidamente as novas estruturas do Hospital e Maternidade Tereza Ramos, que estão prontas e até o momento só acumulam poeira, sem utilização nenhuma.
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