E mais um Big Brother Brasil chega à reta final. Graças a Deus, diga-se de passagem, pois ocupar um espaço tão importante na televisão brasileira com um programa assim é de dar nos nervos. Ver pessoas dançando, brigando e fazendo papel de bobas em rede nacional para ganhar R$1,5 milhão é inconveniente para qualquer cérebro que tenha autoestima.
Talvez Dilma Rousseff tenha se indignado com a falta de instrução cultural dos telespectadores e participantes que acompanham o reality e, sensibilizada, resolveu criar o Vale-Cultura, para que as noites não sejam mais embaladas pelos versos de Bial nos dias de eliminação.
O Vale-Cultura poderá ser utilizado em cinemas ou teatros e na aquisição de livros, CDs e DVDs. A previsão é de que comece a funcionar a partir do segundo semestre deste ano, consistindo em uma quantia de R$50 concedida prioritariamente aos trabalhadores com carteira assinada que ganham até cinco salários mínimos. Em troca, as empresas que pagarem o vale poderão deduzir até 1% do imposto de renda devido.
Aqui na Região dos Lagos, Abdon Batista tem investido pesado em educação e cultura desde a legislatura passada, destacando-se no cenário estadual e nacional. O prefeito do município já anda alguns passos à frente do governo federal, e colocou em prática o programa Bolsa Cultura, que paga R$ 80,00 para os alunos que fazem parte da fanfarra municipal. A bolsa ajuda a incentivar à participação e aproveitamento das aulas e ensaios da fanfarra.
Nenhum lugar é reconhecido se sua cultura não se sobressair às demais, e é muito fácil perceber isso, afinal de contas ao ouvirmos o nome de qualquer lugar do mundo, umas das primeiras coisas que surgem à cabeça são as manifestações culturais e o modo de vida das pessoas daquele lugar. Quando alguém fala do Brasil, as praias, o futebol e as florestas (todos itens que constituem nosso patrimônio cultural) são lembrados na hora. O problema é que pouco se sabe da música, do cinema, do teatro e das obras literárias. Poucos conhecem o que há além de Luan Santana, Tropa de Elite, Auto da Compadecida e Paulo Coelho, não que esses trabalhos não sejam bons, mas eles não são os únicos que merecem ser conhecidos.
O Vale da Dilma é de grande ajuda, mas seria muito mais importante se fosse estritamente direcionado a produtos culturais brasileiros, de propriedade intelectual do Brasil. O vale poderia ser muito mais útil dessa forma, uma vez que ajudaria a fomentar a produção cultural nacional.
Que interessante seria se no ano que vem o BBB 14 tivesse uma audiência ainda menor por que as pessoas têm livros para ler em casa.
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