O aumento da tributação sobre os combustíveis nas refinarias faz parte do pacote do governo de elevação de impostos para tentar reequilibrar as contas públicas
Desde o domingo (01), a tributação sobre a gasolina e o diesel foi elevada, conforme o decreto presidencial 8.395, publicado no “Diário Oficial da União” na quinta-feira (29). A informação é da Secretaria da Receita Federal.
Segundo o Governo Brasileiro, o impacto do aumento da tributação será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. A expectativa do Estado é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
A empresa estatal Petrobras repassou o valor desses impostos nas vendas de refinarias para as distribuidoras. Mas fica a critério dos postos de combustíveis a elevação dos preços nas bombas.
O aumento da tributação sobre os combustíveis nas refinarias faz parte do pacote do governo de elevação de impostos para tentar reequilibrar as contas públicas neste ano, após forte desgaste em 2014 devido à fraca arrecadação, resultado do baixo nível de atividade e das desonerações e do aumento de gastos em ano eleitoral, afirma o Governo.
De acordo com a Receita Federal, estão sendo elevados o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.
Em Anita Garibaldi visitamos os três postos de combustíveis. Sendo que apenas um deles trabalha com a venda de etanol.
No Posto 1 o aumento na gasolina foi de R$ 0,22 e do Diesel de R$ 0,15, já no Posto 2 o preço da gasolina se elevou em R$ 0,20, do Diesel em R$ 0,22 e o etanol não sofreu alterações, e no Posto 3 a gasolina subiu R$0,22, enquanto o Diesel elevou-se em R$ 0,20. O comum de todos eles são os resultados negativos oriundos desta medida financeira, que vai além do impacto direto no bolso do consumidor, como também para os vendedores, ou seja, os postos.
Um dos sócios-proprietários do Posto 1, Orival Machado, explicou que as vendas diminuem com esse impacto de elevação dos preços. “Isso diminui também os nossos lucros”, explanou.
Já no Posto 2, o proprietário Vilmar Forest, explicou que agora no início destes aumentos a demanda de consumidores reduz, mas que volta ao normal com o passar dos dias. “Todos precisam e estão acostumados a se deslocar por meio de veículos, não há como não acabar cedendo aos preços”, completou. Sobre a comparação entre Etanol e a Gasolina, Vilmar comentou que para compensar no quesito econômico é preciso que o preço do etanol seja 30% mais baixo que o da gasolina, o que não é a realidade atualmente neste posto.
Perguntado sobre o porquê não há venda de etanol no estabelecimento, o caixa do Posto 3, Agnaldo Amorim, contou que não há demanda o suficiente no município para mais do que um posto vender o combustível. “Se o Etanol ficar estocado perde com o tempo seus princípios ativos, por isso não é viável para nós”.
Nos três postos da cidade, os entrevistados disseram que ainda há projeção de mais aumento nos combustíveis num futuro bem próximo, devido ao reajuste de mais tributos.
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