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32 anos dedicados a salvar vidas

Comemorado no dia 2 de julho, o Dia Nacional do Bombeiro Brasileiro é uma homenagem àqueles que dedicam seus dias para salvar vidas, proteger pessoas, animais, trabalhar em desastres naturais, desabamentos, auxiliar pessoas em momentos de estresse, como tentativa de suicídios, em partos, além de desenvolverem projetos sociais e diversas ações em prol das comunidades.
Ser bombeiro requer amor, dedicação, comprometimento com a sociedade e isso é demonstrado através do trabalho desenvolvido há 32 anos pelo Bombeiro Militar, Augustinho Santin, conhecido em Anita Garibaldi como Cabo Santin. Ele que é natural da Colônia Santa Catarina, ali na beira do Rio Canoas em Anita Garibaldi, mas atualmente reside na cidade de Lages e há 11 anos desenvolve suas funções no grupamento de Anita, relata suas vivências e histórias dedicadas à profissão escolhida.
Cabo Santin serviu o exército, foi enviado para trabalhar em Porto Alegre onde permaneceu por quatro anos, como a transferência para a Serra Catarinense não foi possível, ele acabou retornando a Lages e em 1987, aos 23 anos de idade, realizou o concurso dos Bombeiros Militares e ingressou na carreira. Fez escola em Florianópolis durante dois anos, trabalhou até 2008 em Lages e desde essa data, com a instalação do grupamento e quartel em Anita, ele desempenha suas funções na Cidade dos Lagos.
Em 2010 se aposentou, foi para a reserva remunerada, mas como não imaginava sua vida sem a farda, no mesmo ano reincluiu no CTISP - Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública, sendo um programa do governo para manter os profissionais na atividade. Cabo Santin destaca que o CTISP tem um período de 10 anos para a atuação e o prazo dele está encerrando. "Trabalhar em Anita é gratificante, aqui é a minha região e não consigo me desligar. Trabalhar com essa turma é uma realização, é uma vida trabalhando junto com essa galera do quartel", lembra Santin, destacando o carinho que sente por cada profissional que por ali passou ou que permanece atuando junto a ele.
Cabo Santin lembra que optou por ser soldado, porém recebeu a promoção a Cabo com 28 anos de serviços prestados. Ele já desenvolveu atividades no setor operacional e administrativo e atualmente auxilia os colegas de profissão, trabalhando 40 horas semanais.
Na família ninguém seguiu na profissão ou carreira militar, nem irmãos e nem os dois filhos, porém a família sempre o apoiou.
"Sou feliz na profissão, me sinto realizado e nunca pensei em mudar de atividade", comenta o militar, enfatizando que quando deixar a cidade de Anita vai levar consigo a saudade, as amizades e as recordações de um tempo feliz vivido aqui.
Ele lembra, também, das ocorrências atendidas durante esses longos anos, e algumas marcaram sua vida. "Tive a sorte de ajudar nas maiores ocorrências em Lages e muitas ficam marcadas na memória. Lembro de um ônibus que caiu na Serra da Santinha, onde morreram mais de trinta pessoas. Teve uma Toyota que bateu atrás de uma carreta de pinus, a família toda morreu: o casal, mais três crianças e um bebê, isso marca. A gente precisa ter um psicológico muito preparado, hoje estou mais emotivo", comenta.
Além de atuar em acidentes, ele recorda os partos realizados. "Em toda minha carreira fiz três partos, salvei pessoas em parada cardíaca com sucesso, salvei muitos gatinhos de árvores... e o reconhecimento é gratificante".
Questionado sobre o que dizer a quem pensa em ingressar na carreira militar, Cabo Santin destaca uma fala de um comandante que ainda na escola em Florianópolis lhe disse: "Lageano, a profissão de bombeiro é uma das mais lindas que tem, só tu não vai ficar rico", lembra. "Fica aqui se gostar de ajudar os outros, a comunidade, mas não dá para ficar rico, mas digo que é compensador, gratificante, se sente bem em atender uma ocorrência e dar tudo certo", finaliza o bombeiro.
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