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A Arquitetura, suas histórias e memórias

Você é daquelas pessoas observadoras, que em viagens se encanta com a história e com os casarões antigos ou isso passa despercebido? Para um grupo de arquitetas e estudantes de Arquitetura da Serra Catarinense, as histórias, estilos e a preservação do patrimônio cultural fazem parte de um projeto que busca desenvolver material técnico e de aprofundamento com foco na Arquitetura Neocolonial, muito encontrada no século XX e algumas delas preservadas nos dias atuais, dentre elas a casa da Família Granzotto, localizada no centro da cidade de Anita Garibaldi.

O projeto desenvolvido pelas arquitetas Lilian Louise Fabre Santos, Géssica Coelho, Kássia Lima Zanchett, Maria Eduarda Costa, Bruna Chaves, Tatiana Pacheco e Lia Moraes busca dar continuidade ao projeto já desenvolvido intitulado: "A arquitetura Neocolonial em Santa Catarina: do erudito ao popular", contemplado no Prêmio Elisabete Anderle de 2019 que desenvolveu um catálogo digital baseado em pesquisa teórica e prática sobre o papel que a Arquitetura Neocolonial assumiu na cultura catarinense em meados do século XX (entre 1930 e 1960) a partir de um inventário piloto realizado no distrito sede da Capital, Florianópolis.

A arquiteta e anitense, Kássia Lima Zanchett, atua na área de preservação do patrimônio através de projetos de pesquisa e divide o trabalho com as demais colegas. "O objetivo do projeto é desenvolver um material técnico, um catálogo aprofundado no tema da Arquitetura Neocolonial, e o impacto e relação dessa arquitetura com a construção da identidade das cidades, focando nas quatro cidades que o projeto engloba: Lages, Anita Garibaldi, Bom Retiro e Curitibanos. Além disso, buscamos demonstrar através das redes sociais, e que vem dando muito certo, a memória dessas edificações para a população, vizinhos, conhecidos e principalmente para os moradores, visto que, nas entrevistas realizadas com os moradores, sempre é citado por eles, a qualidade de se morar em uma edificação neocolonial e as memórias que a mesma proporciona, considerando que, em sua maioria, possuem jardins, quintais, vegetação, boa ventilação e insolação", destaca Kássia e para apresentar o trabalho que vem sendo realizado, o grupo criou nas redes sociais a página "Memórias que habitamos", onde são divulgadas as construções e suas histórias, descobertas pelas arquitetas.

"As redes sociais estão sendo muito importantes para o desenvolvimento da pesquisa, pois com as postagens as pessoas lembram que moraram na casa, ou nas proximidades, compartilham fotos antigas, memórias, até mesmo entram em contato para dizer que em tal rua/cidade tem uma edificação desse estilo", lembra Kássia enfatizando que, apesar de recente, o projeto piloto já está servindo de embasamento para discussões sobre a valorização da Arquitetura Neocolonial Catarinense. Tendo muita repercussão, tanto no meio especializado quanto na sociedade civil, graças ao alcance da divulgação do projeto pelas redes sociais.

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