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A saúde que deveríamos ter

 Se saúde e educação chegassem aos brasileiros como os constituintes conceberam, teríamos hoje uma  nação justa, exemplo de inclusão social para o mundo. 

Saúde é determinante  da liberdade. Com ela, podemos trabalhar, criar, participar, questionar, criticar e votar. Sem ela, somos seres manobráveis e frágeis. 
É simples assim. Tão simples e tão à nossa vista que não conseguimos ver. A Constituição garante-nos a saúde e obriga que o gestor possibilite seu acesso, como direito de todos e dever do Estado. 
Da mesma forma que a educação, o provimento da saúde é sistematicamente massacrado pela falta de respeito aos nossos direitos fundamentais por parte dos governantes.
Se saúde e educação chegassem aos brasileiros como os nossos sonhadores constituintes conceberam, teríamos hoje uma nação justa, exemplo de equidade e inclusão social para o mundo.
Mas não as temos. Negam-nos  o acesso com crueldade. Na vontade política vigente, continuaremos ignorantes e doentes, despreparados e frágeis, inocentes e vulneráveis. 
No Dia Internacional da saúde (7 de abril), torna-se, então, indispensável a reflexão. Como é possível sermos complacente dessa forma? Como aceitamos que o recurso público seja aplicado em ações secundárias e eleitoreira quando as crianças crescem ignorantes e os trabalhadores adoecem? Como permitimos o investimento do dinheiro público em campos de futebol, autódromos e outras formas de circo, ao mesmo tempo em que nos apresentam o inaceitável argumento jurídico da reserva do mínimo possível? Queremos respeito à Constituição.
Cidadãos: nosso Estado é rico, com valores profundos e ideais legítimos. É tempo de exigir que não se gaste com o supérfluo, que não se invertam as prioridades. Como, vejo pessoas doentes e desesperadas todos os dias. Como presidente da ACM, busco o indispensável posicionamento cidadão, único instrumento capaz de mudar a vontade política. Queremos de volta nossos direitos  fundamentais de saber e bem viver.
 
Referência:
JÚNIOR, Aguinel José Bastian. A saúde que deveríamos ter. Diário Catarinense, Florianópolis, 08 de abril de 2013.
 
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