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A Secretaria da Agricultura conclui missão técnica para Austrália e Nova Zelândia

A missão técnica internacional para Austrália e Nova Zelândia, organizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, é encerrada após 15 dias de visitas às propriedades rurais e instituições ligadas à agropecuária nos dois países.

 A comitiva foi coordenada pelo secretário adjunto de Estado da

Agricultura e da Pesca, Airton Spies e composta por representantes da Comissão
de Agricultura da Câmara Federal, do Serviço de Apoio às Pequenas e Médias
Empresas do Distrito Federal e de Santa Catarina (Sebrae), da Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), Secretaria de Desenvolvimento
Regional de Maravilha, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina (Epagri), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de
Santa Catarina (Cidasc), da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa
Catarina (Faesc) e do setor privado.

 

Na Nova Zelândia, os integrantes da missão conheceram a produção de
leite e carne a base de pasto com o uso de alta tecnologia na produção,
permitindo obter produtos de alta qualidade a custos competitivos no mercado
global. De acordo com o secretário adjunto Airton Spies, a Nova Zelândia é
responsável por um terço de todas as exportações de leite no mundo e essa
conquista é devido ao teor de sólidos médio de 8,5%, proteína e gordura do
leite responsável pelo rendimento de subprodutos na indústria, contra os 7%
produzidos no Brasil. Outro diferencial da Nova Zelândia é o cultivo do pasto
como se fosse lavoura e a genética das vacas, que foi aprimorada para que se
alimentem do pasto e produzam leite de grande valor. Spies lembra que o mesmo
pasto que alimenta as vacas leiteiras também é utilizado para produção de
ovelhas, bovinos de corte e cervos com muita eficiência.

 

O secretário regional de Maravilha, Valci Dal Maso, que participou da
missão, destaca a eficiência na produção agropecuária. “Enquanto na Nova
Zelândia uma pessoa trabalha com 175 vacas, no Brasil uma pessoa trabalha com
15 vacas. Com a experiência que obtive na missão e os exemplos que observamos,
posso repassar esse conhecimento para os 14 municípios da região e incentivar o
aumento da produção de leite”, afirma.

 

A comitiva brasileira pôde observar o papel do Governo no cuidado com a
biossegurança e no apoio à pesquisa. O secretário adjunto explica que o
desenvolvimento da agropecuária é feito em parceria com fundos de recursos
arrecadados pelos produtores de cada segmento. Para apoiar todas as atividades
agropecuárias, os neozelandeses dispõem de máquinas e equipamentos de alta
tecnologia que facilitam e aumentam a produtividade do trabalho, como a
comitiva pôde constatar em visita à exposição- feira agropecuária.

 

Já na Austrália, o secretário adjunto Airton Spies ressalta os sistemas
de captação, armazenagem e uso da água para irrigação. “Por viverem em um país
onde chove de 600 mm a 800 mm por ano, os agricultores precisam utilizar a
irrigação para garantir a segurança da colheita”, afirma Spies.  A produção de hortigranjeiros com sistemas de
irrigação é desenvolvida para obter o planejamento e a padronização da
produção.

 

O país se destaca ainda pelo uso de alta tecnologia na produção de leite
com o uso de robôs na ordenha de vacas criadas a campo. A comitiva pôde
conhecer também confinamento de bois de corte com alto padrão genético,
adaptados ao clima subtropical por meio do cruzamento de raças zebuínas e aberdeen
angus.

 

“A missão foi coroada de êxito e vai contribuir de forma decisiva para
melhorar a produção agropecuária catarinense e brasileira”, comemora Spies. A
Austrália tem o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano do mundo, com
23,3 milhões de habitantes e com renda per capita equivalente a US$ 66 mil por
ano.

 

Airton Spies é engenheiro agrônomo e viveu seis anos naqueles países
durante seus cursos de mestrado e doutorado. “Embora o modelo de produção não
possa ser integralmente transferido em função das diferenças de clima, existem
diversas lições e fundamentos de produção que podem ser aplicados em Santa
Catarina e que trarão grandes melhorias na produtividade, qualidade e
competitividade do agronegócio catarinense”, conclui.

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