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A superação diária e os desafios de um autista

No próximo domingo, dia 2 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas, o que significa que 1% da população brasileira vive com o espectro autista. A cada ano, mais casos surgem e ainda não se tem um diagnóstico certo do que causa, o que se pode afirmar é que quanto antes o diagnóstico, melhor as adaptações e qualidade de vida tanto para o autista como para a família.
Nesta edição desta semana do Correio dos Lagos, trazemos uma matéria muito especial com o jovem Emanuel Fernandes de Oliveira que tem 17 anos e que a cada ano vem demonstrando a superação dos obstáculos e o desenvolvimento em todas as áreas.
Emanuel é filho de Cristina Fernandes e André Alves de Oliveira, ele mora na comunidade de Boa Vista, interior do município de Anita Garibaldi junto com a mãe, a tia Mariza e o primo Eduardo. Estuda no terceiro ano de Ensino Médio na Escola de Educação Básica padre Antonio Vieira e espera ansioso pela formatura neste ano de 2023.
A família relata que o Emanuel apresentou os primeiros indícios do espectro autista quando iniciou na escola, quando tinha aproximadamente três anos de idade. Na época já se percebia a inquietude e um estereótipo que ele sempre fazia quando estava alegre, porém a fala o caminhar se desenvolveram normalmente, o que hoje o considera com um autismo leve. Na época foi realizado um teste de genética e os acompanhamentos iniciaram com profissionais e principalmente na Apae de Anita Garibaldi, local que ele frequenta até hoje para realizar as terapias que o auxiliam muito no seu desenvolvimento.
Perguntada sobre a aceitação quando descoberto o autismo, a mãe Cristina destaca que no início foi difícil. “Foi difícil saber que teu filho teria que ir pra Apae, a gente entende mais muitas pessoas tem um julgamento. Tivemos muitas dificuldades, principalmente na escola com a adaptação, pois ele sempre foi um menino inquieto, mas graças a Deus com o passar dos anos ele foi se desenvolvendo e hoje está bem adaptado”, comenta a mãe.
Emanuel é um menino muito inteligente que aos 13 anos aprendeu a ler, escrever, conhece as horas, números, é muito curioso, adora cantar e participar das danças nas festas juninas, adora português e inglês, joga basquete, ping pong, gosta de andar de bicicleta, é um torcedor do Grêmio e quando terminar o Ensino Médio neste ano de 2023, quer fazer faculdade e ser um Biólogo.
Por ter na família a tia e a mãe professoras, sempre foi incentivado aos estudos e elas lembram das férias escolares que faziam cartazes com o alfabeto, vogais, números, tudo para auxiliar na aprendizagem da leitura e escrita do jovem e quando ele aprendeu a ler, foi uma grande alegria. O jovem também frequenta a catequese e neste ano está em preparação para a crisma.
A tia Mariza relata que ele é um vencedor, é um jovem sem malícias que com o passar dos anos foi superando cada obstáculo.
A família enaltece o trabalho dos profissionais da Apae de Anita Garibaldi que foi primordial para o seu desenvolvimento. A Apae só nos trouxe alegrias, tivemos muito apoio, pois no começo tudo era desconhecido, mas com a ajuda dos profissionais, fomos conquistando o desenvolvimento do Emanuel”, comentam a mãe e a tia.
Na hora de agradecer elas lembram também com muito carinho de alguns professores que se tornaram anjos na vida do Emanuel e que se dedicaram aos cuidados dele enquanto estava na escola, em especial a professora Luci Petry que foi uma grande incentivadora do jovem.
Elas destacam também a importância do apoio da família, dos primos, do primo Eduardo que mora junto com Emanuel e ajudou muito agora na adolescência, ele adora os avós e o carinho entre os primos é recíproco bem como o apoio de cada familiar é essencial para o seu desenvolvimento.
A tia Mariza fala com tanto amor do sobrinho Emanuel que apesar de não ser mãe de sangue o considera como um filho, afinal ela o viu nascer e acompanha diariamente o seu desenvolvimento e crescimento.
Perguntado sobre o que o Emanuel espera para o futuro ele enfatiza que é ser feliz. “Quero ser feliz, fazer faculdade e ter um futuro melhor para viver a vida”, destaca o jovem.
Para a mãe e a tia a expectativa é que o Emanuel leve uma vida normal, que ele possa cursar a faculdade que ele mesmo escolheu e ser feliz, sem preconceitos.

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