Para falar de amor e posse. Quando amamos de verdade, deixamos livre para ir e vir, decidir sem pressão o que é melhor para si mesmo. Amor combina com liberdade.
A mulher é sua? O homem é seu? Em pleno século XXI ainda vivemos sob a influência de sentimentos dominadores e competitivos. Espontaneamente, falamos: “essa é minha mulher, minha esposa, minha namorada” ou “esse meu homem, meu marido, meu namorado”.
A cultura machista ainda está impregnada nos homens e mulheres. É comum o sentimento de ciúmes servir de justificativa para agressões físicas e psicológicas, as mulheres são as mais prejudicadas.
Quando entendermos que o sentimento de posse atrapalha os relacionamentos, estaremos dando um passo importante e fundamental em respeito à liberdade e as diferenças. Desejamos a felicidade da pessoa amada, porém, atrelamos sempre a “nós”, como sendo os únicos capazes de proporcionar prazer, alegria e felicidade ao outro. Essa exclusividade é um engano e reflete, na maioria das vezes, a insegurança do parceiro.
Já parou para pensar sobre isso? Quem disse que você é o único(a) capaz de proporcionar prazer ao seu companheiro(a)? O sentimento de amor muitas vezes se mistura com o de posse.
Ao contrário, quando amamos de verdade, deixamos livre para ir e vir e decidir sem pressão o que é melhor para si mesmo. Amor combina com liberdade.
Segundo David E. Zimerman, para caracterizar um “amor sadio” é necessário a presença de um clima de confiança. A conscientização de que ninguém é de ninguém é um desafio. É cultural acreditar que o prazer sexual é privilégio dos homens. Foi assim no passado.
Hoje, a mulher também goza dos mesmos direitos, ou seja, é natural que sinta prazer sexual sem necessariamente estar envolvida por sentimento de amor.
A mulher é sua? O homem é seu? Quem é você? Parece a alguém?
“Três coisas não voltam mais: a pedra atirada, a palavra dada e a oportunidade perdida”! (Anônimo)
Referência:
FILHO, Emilio Brkanitch. Para falar de amor e de posse. Diário Catarinense, Florianópolis, 24 de julho de 2014.
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