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Após a Covid, ela descobriu um câncer de mama
Em junho de 2020, Jossemara Serafim da Motta de 53 anos, moradora do município de Esmeralda, no estado vizinho do Rio Grande do Sul, foi pauta de uma matéria sobre a Covid-19. Ela relatou a sua experiência ao ter contraído a doença, as dificuldades, a luta e a cura, porém em abril deste ano de 2021, novamente Josi, como é conhecida na cidade, relata a sua luta contra um câncer no seio, descoberto através do autoexame. Eu sempre fiz exames periódicos de mamografia desde os 40 anos de idade, porém em 2020 devido a pandemia, não realizei. Através do autoexame encontrei um "caroço" palpável e a biópsia apresentou um carcinoma triplo negativo-proliferativo na mama esquerda", comenta Josi.
Ela enfatiza a importância da realização da mamografia que é um direito e uma responsabilidade de todas as mulheres terem esse cuidado, uma vez que a mamografia é oferecida pelo SUS.
Perguntada de como foi receber a notícia da biópsia do câncer, Josi relata que estava acompanhado do filho de 14 anos e sentiu que o chão ia se abrir aos seus pés. "É muito triste, angustiante, momentos de lágrimas, interrogações, impotência...tudo vem a tona nesse momento", destaca.
Com os resultados da biópsia em mãos, ela foi até a Unidade de Saúde de Esmeralda e encaminhada ao Hospital Geral de Caxias do Sul, onde iniciou o tratamento, sendo necessário a realização de 16 sessões de quimioterapia, para conter o crescimento do tumor. "Foi implantado um "clip mamário" para medir e conter o avanço das células cancerígenas", enfatiza.
Finalizada as sessões de quimioterapia ela precisará fazer uma cirurgia, e somente nesse procedimento que será avaliado a necessidade da retirada parcial ou total da mama, após a cirurgia passará ainda por sessões de radioterapia. "O tratamento é lento e cansativo, efeitos colaterais muito fortes, muito vômito, diarreia, tonturas, dores pelo corpo e diversos outros que variam conforme a minha imunidade, mas sou grata pelo tratamento e a cada sessão reestabeleço minha esperança de cura", enaltece Josi, destacando que passadas as 14 sessões de quimioterapia se sente frágil fisicamente, mas forte emocionalmente pelo carinho e apoio da família e de tantos amigos. "Bendita redes sociais que acalentam meu coração, pois o distanciamento social ainda é necessário, devido a perda de imunidade. Tenho recebido muito apoio dos amigos principalmente on-line e quero deixar o meu agradecimento e a certeza que a cura será comemorada por todos", frisa.
Na sua segunda sessão de quimioterapia, iniciou junto a queda do cabelo, o que segundo ela, abala muito a autoestima da mulher. "São mistos de lágrimas e aprender a viver um dia de cada vez. Mas assumo sim, a situação em que encontro, até mesmo para não amenizar os sentimentos, exponho meu dia a dia para também ajudar outras mulheres a se cuidarem e aprender a enfrentar caso isso ocorra com elas", comenta Josi.
Ela enaltece o apoio recebido da equipe da saúde, estrutura SUS e destaca a importância da campanha Outubro Rosa para conscientizar e mostrar que o câncer de mama está presente em e que o diagnóstico precoce, salva vidas sim. "Quero ressaltar para que todas as mulheres realizem autoexame e realizem exames periódicos. Câncer de mama abala toda a estrutura da família, e caso seja diagnosticada com câncer de mama, procure tratamento imediatamente e siga as recomendações médicas e muita fé e esperança de que tudo vai passar. Me coloco a disposição de todas que queiram saber mais detalhes, me procurem nas redes sociais e saibam que todas as mensagens de vocês acalentam meu coração e cada lágrima tenho a certeza que DEUS não está me punindo...mas sim me FORTALECENDO e a cura vai ser para todas nós mulheres", finaliza.
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