Profissionais pedem a redução no preço dos combustíveis e aumento no valor pago pelos fretes

 O Jornal Folha do Oeste, Associado à Adjori/SC, está acompanhando aparalisação dos caminhoneiros que está sendo realizada em São Miguel do Oeste. Na quarta-feira, dia 18, o movimento, que busca a redução do preço dos combustíveis e o aumento do valor do frete das cargas, chegou à cidade.

O movimento iniciou nas regiões Norte e Centro-Oeste brasileiras e se estendeu para a região Sul. Na tarde de quarta-feira (17), em busca de baixa no preço do combustível, melhoria das estradas e aumento do valor do frente, eles começaram a parar também no trevo de acesso a São Miguel do Oeste, no entroncamento da BR-163 com a BR-282.

Por conta própria, os motoristas autônomos foram os primeiros a cruzar os braços. De acordo com um dos coordenadores do movimento no extremo oeste catarinense, Vilmar Bonora, carros de passeio, motocicletas e veículos com cargas perecíveis podem trafegar normalmente. "Mesmo assim, a gente está pedindo apoio porque a situação dos transportadores está um caos. Ou paramos para reivindicar uma melhoria para o setor, ou teremos que parar por falência", explica.

Motorista há vinte anos e proprietário de dois bitrens, Marlon Ronei, de Ijuí, no Rio Grande do Sul, é um dos que apoiam a paralisação. A cerca de 300 quilômetros de casa, ele decidiu interromper a viagem de volta do Mato Grosso para engrossar o movimento. "Acho que todo mundo tem que parar para conseguirmos alguma coisa. Precisa existir união entre os caminhoneiros", considera.

Da mesma forma, o caminhoneiro Sidinei Capoani aderiu à paralisação. "Sem caminhão o Brasil não vive. A gente tenta fazer um bom trabalho só que as condições que o governo dá estão insatisfatórias. Estamos pagando para trabalhar", reclama. "Até o governo não acatar o que a gente está pedindo, vamos continuar fazendo paralisação no trevo. É um direito nosso", acrescenta o motorista, que também coordena o movimento em São Miguel do Oeste, Júnior Bonora.

Apoio

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) está acompanhando a manifestação que na quinta-feira, dia 19, reuniu mais de 200 veículos de carga. Depois de terem pernoitado próximo ao trevo na quinta-feira, eles conseguiram o apoio da Administração Municipal, que cedeu o espaço do Parque de Exposições Rineu Gransotto para estacionamento e permanência dos caminhoneiros nos dias de protesto. Eles estão buscando o apoio de lideranças políticas para intermediar uma negociação com o Governo Federal.