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Confiança do empresário do comércio catarinense cresce em dezembro

Estudo aponta que o momento atual da economia é de recuperação, principalmente em função das festas de final de ano.

O índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) catarinense de dezembro apresentou alta de 6,2% na comparação com o mês de novembro, chegando à casa dos 132,8 pontos. O índice segue expressando otimismo dos empresários, principalmente em relação às expectativas de que a economia cresça no médio prazo.

 

O índice de condições atuais do empresário do comércio apresentou queda na comparação com dezembro de 2012, mas recuperou-se na comparação com novembro de 2013. Nesta comparação a variação foi de expressivos 23,5%. Na anual, variação de -4,9%.

 

A chegada do Natal e das festas de final de ano justifica tamanho salto mensal do otimismo com as condições atuais do comércio. O período é responsável por quase um terço de tudo que é vendido no ano do comércio. Já a queda anual é o reflexo de um ano mais fraco para o comércio em Santa Catarina e também no Brasil. Exemplifica este dado a variação no faturamento anual de Natal das empresas catarinenses, captada pela pesquisa da Fecomércio SC de resultado de vendas de Natal, que foi de apenas 2,7%, enquanto que em anos anteriores o percentual ficava acima dos 4%.

 

O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) apresentou a queda mais relevante na variação anual (-13,4%), passando de 106,3 pontos em dezembro de 2012 para 92,1 pontos em dezembro de 2013. Na comparação mensal, a situação é melhor, com a maior variação positiva (33,7%).

 

O subíndice de condições atuais do comércio (CAC) teve variação positiva de 0,1% e 22,6% na comparação anual e mensal, respectivamente. Em termos absolutos, o subíndice marca 104,7 pontos, maior que os 85,4 pontos de novembro de 2013. O resultado mostra que o pessimismo dos empresários com relação às condições atuais do comércio foi reduzido.

 

Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) caiu 1,6% na comparação mensal com novembro (de 164,5 pontos para 163,5 pontos), o que indica que, apesar da pequena queda, a confiança do empresário do comércio nas possibilidades de venda permanece muito positiva.

 

Os subíndices Expectativas da Economia Brasileira (EEB), Expectativa do Comércio (EC) e Expectativa das Empresas Comerciais (EEC), em consonância com o IEEC, apresentam-se acima da barreira dos 100 pontos. O EEB apresentou, em dezembro de 2013, 155,5 pontos, sendo que, em novembro, estava em 157,1 pontos – variação negativa de 3,3%. O EC caiu 1,3%, de 166,4 pontos em novembro de 2013 para 164,2 pontos em dezembro de 2013. Já o EEC passou de 170,2 para 170,8 pontos, expressando uma pequena variação positiva de 0,4%.

 

O Índice de Investimento do Empresário do Comércio apresentou alta mensal de 3,4%. Passou de 124,1 pontos em novembro de 2013 para 128,3 pontos em dezembro de 2013. Na comparação anual houve queda: -0,6%.

 

O subíndice contratação de funcionários (IC) apresentou alta de 1,7%, passando de 149,4 pontos, no mês passado, para 151,9 pontos neste mês de dezembro. Na comparação anual, a alta foi de 0,5%. O subíndice nível de investimento das empresas (NIE) teve elevação de 0,4%, ficando no patamar de 122,2 pontos. Já o subíndice de situação atual dos estoques (SAE) teve uma variação positiva, ficando em 9,6% no mês. Na comparação anual o índice caiu em 2,3%.

 

Conclusão

 

Para os empresários do comércio catarinense, o momento atual da economia é de recuperação, principalmente em função das festas de final de ano. Além disso, existe uma expectativa de melhoria nas condições de vendas no futuro, o que alimenta o elevado patamar do indicador de expectativas.

 

Entretanto, a situação atual é incerta. O menor ritmo de vendas de 2013, a disparada do câmbio, o aumento dos juros e o alto endividamento familiar estão fazendo o empresário apreensivo em relação ao atual momento, apostando numa recuperação futura e também postergando os investimentos.

 

Caso a economia não apresente sinais claros de recuperação é provável que, passada a euforia de final de ano, o ICEC apresente patamares mais reduzidos, implicando em dificuldades para a recuperação de um crescimento mais vigoroso do comércio e da economia do Estado.

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