Conheça a história de uma mulher empreendedora anitense
Muitas são as mulheres símbolo de luta e determinação, podemos dizer que a maioria busca seus sonhos e acredita no seu potencial e na conquista do seu lugar na sociedade.
Neste mês dedicado a mulher e para celebrar a data de 8 de março, o jornal Correio dos Lagos conversou com a empreendedora Dalva Verginia Zerma Frescki, ela que dedica há 18 anos seu trabalho na realização de sonhos e deixa tudo maravilhoso para muitas datas especiais, sejam casamentos, formaturas, aniversários, eventos sociais e corporativos sendo proprietária da Floricultura Anna Karoline de Anita Garibaldi.
Ela é mulher, esposa, mãe, avó e uma profissional que ama o que faz. Esposa do Paulo Alexandre Frescki, mãe da Anna Karoline e do Paulo Alexandre Filho, relembra o início da sua trajetória. O bisavô Artur vendia árvores frutíferas, era morador do Rio Grande do Sul, o avô Alípio também vendia frutíferas e a mãe Ilza também começou a vender. Quando casou, morou um período no sítio, quando veio para a cidade trabalhou um período com seu Américo Menegazzo e tempos depois montaram com o marido uma agropecuária. O esposo sempre viajava buscar farinha e começou a trazer árvores frutíferas para venda na agropecuária. "Lembro que na primeira festa do Migrante, a Rosane Rodrigues que organizou essa festa pediu se eu conseguia trazer vasos de flores e duzentas e poucas minis margaridas que foram distribuídas no comércio, o Paulo encontrou um fornecedor em Joaçaba, compramos as flores, colocamos na garagem do caminhão, cuidamos das flores por uma semana e entregamos tudo perfeito e foi ai que ela deu a ideia de abrir uma floricultura, lembra Dalva que na ocasião buscou ajuda dos pais e do esposo que deram o maior apoio. "No início trazia as caixas de flores e vendia no beiral da minha casa. Na época o pai me emprestou R$ 500,00 reais e o Paulo também R$ 500,00 e fomos comprar mais flores ornamentais e assim que tudo começou, até hoje é assim, nunca peguei um grande montante de dinheiro e investi na floricultura, conforme ia vendendo fui investindo e continuo trabalhando desta forma", comenta.
Aos poucos foi agregando valor, nesse período a filha foi morar fora, o esposo caminhoneiro viajava e ela ficava sozinha com o filho Paulo pequeno, mas era o seu companheiro. Ela lembra quando uma cliente a procurou para fazer a decoração do seu casamento, Dalva se recorda que não tinha ideia de como fazer, mas aceitou o desafio. "Eu nunca tinha feito um arranjo na vida, liguei para a Nice Ferrari que me deu algumas dicas de como montar um arranjo, fui em Lages e comprei um tapete vermelho de veludo, não sabia nem como cobrar a decoração mas fiz e ficou lindo e dali em diante iniciou", recorda.
Quando a filha retornou para Anita ela trouxe junto muito conhecimento e aos poucos a floricultura foi se transformando. "A margem de lucro de uma flor é muito pequena e precisamos inovar e agregar para poder nos mantermos, sem falar que tudo muda muito rápido e temos que inovar", comenta.
Perguntada das dificuldades, Dalva destaca que trabalhar nesse ramo tem que ter persistência, não ter horário, saber que vai dormir tarde e acordar muito cedo e não querer ganhar muito dinheiro, ganhar para se manter.
Durante o período em que a filha morou fora e o esposo viajava, ela dividia os horários em cuidar da floricultura, do sítio da família e dos caminhões. "Foi muito complicado, tive amigos que deram apoio, perdi a minha mãe, o pai me deu muito apoio e foi meu companheiro e os amigos que muitas vezes quando eu estava quase desabando, eles me deram força e me apoiaram, meu filho Paulinho era meu companheiro das viagens para buscar flores, eu sentia que tinha que buscar a minha independência e trabalhar, pois, nada caiu do céu", destaca.
Hoje com todos os perrengues e dificuldades ela diz ser muito feliz. "Eu aceitei que eu gosto de fazer decoração, até hoje o que Deus pôs para mim eu abracei e busquei fazer da melhor forma, hoje mais agradeço do que peço. Não existe buscar a felicidade aos meus olhos, a felicidade está nos momentos vividos", enaltece.
Durante a conversa, foram vários os momentos de emoção em lembrar as dificuldades e desafios, mas ela mantém a fé. "Minha palavra para as mulheres é que depositem todos os seus dias nas mãos de Deus, é E le que move a gente, tenha fé, coragem e não desistam das coisas, tenham persistência, a base de tudo é Deus e temos que ter ele no coração".
Ela agradece a filha Karol, seu braço direito, o esposo Paulo que agora que não viaja mais é o seu companheiro quando precisa buscar mercadorias, o filho Paulinho, as colaboradoras da floricultura e os amigos e clientes que sempre a apoiaram.
Deixe seu comentário