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Consórcio público trata do lixo de Esmeralda e Pinhal

Em alguns municípios a prefeitura não é a única ou principal encarregada pela coleta de lixo. Mas, na Região dos Lagos as duas cidades do lado gaúcho têm se esforçado para que isso seja feito com qualidade e respeito ao meio ambiente.

 Esmeralda e Pinhal da Serra possuem um consórcio público que realiza os trabalhos de separação e destinação ecologicamente correta do lixo produzido por elas.

Lixeiras sempre limpas em Esmeralda e Pinhal. Este é o resultado obtido com o trabalho que acontece de segunda a sexta durante o final da tarde, quando a equipe responsável faz a coleta de lixo. Às segundas-feiras, além da coleta vespertina, ainda há outra matutina para a retirada do lixo acumulado durante o final de semana.

Enquanto no final do dia o lixo é apanhado pela cidade, de manhã a tarde o serviço de triagem é realizado pelos quatro recicladores que separam a maioria do lixo reciclável daquele que não pode mais ser aproveitado, um trabalho que seria mais simplificado se essa separação iniciasse nas casas dos munícipes, afinal são aproximadamente duas toneladas de lixo recebidas diariamente.

"Por mês, os municípios envolvidos no processo destinam cerca de 7.500 reais para a manutenção do consórcio", disse o prefeito de Esmeralda, Jaimer Kramer. O espaço reservado para guardar o lixo não reaproveitável fica no município de Pinhal e, desde 2010, conta com uma nova célula de depósito onde tudo o que é rejeitado pela reciclagem fica armazenado em segurança, enquanto o que ainda pode ser usado é vendido para empresas no município de Lages, do outro lado do Rio Pelotas. O dinheiro da venda do material para reciclagem é dividido entre as prefeituras e os funcionários do consórcio. O lucro conseguido com a venda é bom e para este ano espera-se que melhore através do investimento em uma máquina trituradora de vidros, o qual é mais valorizado pelo mercado quando é triturado e transformado em um pó muito fino.

Luiz Moraes, um dos recicladores do consórcio, deixou de trabalhar como padeiro em sua própria padaria para encarar o trabalho com o lixo. Luiz disse que além do que é vendido para as empresas de reciclagem, há o que não se pode reaproveitar. "Aquilo que não reciclamos é colocado em células de armazenamento em várias camadas cobertas por terra em no máximo quinze dias". O funcionário explicou também que destas células de aterro ainda sai o chorume (originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos), o qual também passa por tratamento e decantação para garantir que não polua o meio ambiente.

Todos os processos realizados por estas cidades podem ser observados como uma ação sócioeducativa que demonstra respeito e preocupação com o futuro da natureza, além de servir como exemplo para outros lugares que não dão a atenção necessária aos resíduos produzidos por seus habitantes.

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